quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Instinto fatal

Sempre consciente do objectivo:
Destruir tudo
O que pode ser destruído.
” (DLM)

Nunca encontrarás o meu
Nome em santos livros…
O meu suspiro suprime
Todos os seres vivos.

Não dou ao Tempo
Tempo para criar raízes.
Eu nasci
Em vocês nasceram cicatrizes.

Basto-me a mim mesmo,
Sou eu sozinho, eu e mais ninguém.
Destruidor da falsa vida
Ao ser mau pratico o bem.

Abdico do amor
Esse vosso consolo é quase sempre em vão,
Ao ser forte abro mares
E multiplico, à minha maneira, o pão.

O medo não existe,
É simples invenção humana.
Crio verdades perfeitas
A razão é sempre soberana.

Venero-vos em todo o meu ódio,
Desistem, culpam
Choram e imploram,
Os vossos erros mantêm-me sóbrio.
Destruo os vossos sonhos
Ao transforma-los em realidade.

A realidade já pouco tem de real.
Vocês preferem uma vida sem sal,
Nem conservam nem dão sabor.
Neste mundo ponto de interrogação
Resta-me revelar-vos o vosso
E o meu lado sobre o qual reside
Todo o instinto fatal.

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