segunda-feira, 14 de julho de 2008

Sem qualquer mistério

Fim de tarde no centro do nada:
Paz, calma e felicidade.
A erva cheirava a erva fresca.
Há momentos como estes
Que ficam marcados na
Nossa memória pela sua simplicidade.
Contribuem para a História?
Não, marcam a nossa história pessoal.

Vale a pena perder cinco minutos
Da nossa vida ocupada (inutilmente)?
Sim, ver as sombras do arvoredo,
Sentir o ar fresco que vem subindo.

“O que fazes aí sozinho?”
Nada. Gasto o meu tempo,
Aproveito o aproveitar do nada fazer,
O prazer de um pôr-do-sol verdadeiro,
Dou-me à sorte de o ter.

Porque não ficou ela comigo a vê-lo?
Isso sim é um mistério,
Será que não percebem
Que estar sozinho não é ignorar o amor?
Estar sozinho por momentos é aproveitar o momento
E é também um convite.

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