“Porque a nossa guerra é outra”
Está assim justificado o porquê de andarmos todos em direcções diferentes ou até mesmo opostas. Basta pensarmos que a nossa guerra é outra para seguirmos um caminho sozinho na maneira de andar mas inundado de pessoas que caminham famintas para uma meta qualquer, pessoas que se atropelam mutuamente e seguem as suas vidas. O tempo nunca pára e tu preferes caminha-lo sozinho, mesmo quando existem outros que te acompanham o pensamento e a alma. O ser humano é um ser social, as pessoas fazem falta às pessoas, o amor e amizade, uma empatia temporária ou eterna é essencial, então porquê caminhar sozinho? Para quê?
Está assim justificado o porquê de cada um caminhar por si próprio, de rosto tapado pela solidão, atropelando e deixando-se atropelar por outros: neutros, competidores, aliados. A nossa guerra às vezes é mesmo outra, mas quase sempre tens alguém que pode ajudar a trava-la. A tua guerra é outra? Que seja, mas deixa que outros iguais te ajudem a trava-la.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Coisas pequenas
O que tu sempre quiseste
Foi ter alguém para amar verdadeiramente.
E as coisas pequenas
Que para os outros não passam
De coisas pequenas
Para ti valem mais do que qualquer descoberta.
As coisas pequenas nada têm de pequeno
Apreciar o seu pormenor é das melhores
Coisas que podes apreciar.
Vives a vida procurando e por vezes
Encontras.
O que tu sempre quiseste
Foi ter alguém para amar verdadeiramente.
Lamentas agora que o passado
Seja algo que já passou.
Sentes saudade do toque, do beijo, da conversa.
Partes por isso, à procura de novas coisas pequenas.
Se são melhores ou piores não sabes,
Sabes apenas que serão diferentes.
O tempo demora-se a apagar
Fotografias de pequenas coisas antigas.
E por isso agora começas a construir um presente
Alicerçado em novas coisas pequenas.
Sorris, sabes que são coisas novas.
Saís-te da casca, ganhas-te asas, imigraste de local,
Descobres então novos gestos, maneiras de pensar,
Novas sensações, um novo tocar, lábios que não conhecias.
Tudo mudou de rumo, coisas pequenas saiem da tua vida
E entram constantemente, descobres que o que sempre quiseste
Foi alguém para amar verdadeiramente.
19/09/2008 -10:12 (Linkin Park desta vez ajudaram, thkz coelho * )
Foi ter alguém para amar verdadeiramente.
E as coisas pequenas
Que para os outros não passam
De coisas pequenas
Para ti valem mais do que qualquer descoberta.
As coisas pequenas nada têm de pequeno
Apreciar o seu pormenor é das melhores
Coisas que podes apreciar.
Vives a vida procurando e por vezes
Encontras.
O que tu sempre quiseste
Foi ter alguém para amar verdadeiramente.
Lamentas agora que o passado
Seja algo que já passou.
Sentes saudade do toque, do beijo, da conversa.
Partes por isso, à procura de novas coisas pequenas.
Se são melhores ou piores não sabes,
Sabes apenas que serão diferentes.
O tempo demora-se a apagar
Fotografias de pequenas coisas antigas.
E por isso agora começas a construir um presente
Alicerçado em novas coisas pequenas.
Sorris, sabes que são coisas novas.
Saís-te da casca, ganhas-te asas, imigraste de local,
Descobres então novos gestos, maneiras de pensar,
Novas sensações, um novo tocar, lábios que não conhecias.
Tudo mudou de rumo, coisas pequenas saiem da tua vida
E entram constantemente, descobres que o que sempre quiseste
Foi alguém para amar verdadeiramente.
19/09/2008 -10:12 (Linkin Park desta vez ajudaram, thkz coelho * )
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Insónia de dormir(d'A outra face)
Davas tudo para estar aconchegado
Estares deitado com o teu amor em ti deitado.
Por outro lado não pregas olho
Dás voltas quase infinitas na tua cama…
Já nem te lembras do que queres
Se o silêncio da aldeia
Ou do barulho de carros sem rumo
Autocarros
E taxistas que gastam os pneus.
Não… O sono é para os fracos
Só os fortes lhe dão valor.
Vens à tua varanda
Fumas um cigarro para queimar tempo. O tempo passa
Mais depressa que o fim do cigarro.
A lua? Essa está igual a ela própria.
O que se faz quando o sono não vem?
Nada. Por isso mesmo é que não ter sono
É igual a outra sensação qualquer.
Culpado(d'A outra face)
Ouves o barulho da rua
Enquanto caminhas decidido
Ou de pés arrastados.
Algo te deixou enervado.
Ou és tu quem culpa
Ou és tu o culpado,
Mas o que interessa isso?
Pegas com as duas mãos
Na arma e aponta-la
Para o céu:
Neste mundo não há
Inocentes nem réus!
Se existe Deus não o vejo,
Se Ele não existe
Alguém vai ter de me responder.
Quero lá saber de todos,
Detestei ser bode expiatório
Agora procuro outro.
O culpado acabará por pagar.
Ninguém escapa impune
De fazer mal a alguém.
Quem pensas tu que és
Para mover peças
De um tabuleiro que nem sequer é teu?
Sou ateu só quando me dá mais jeito,
Prefiro procurar no dicionário
O conceito de perfeito.
Olhos cor-de-ódio-raiva
Faíscam, abusam da razão
Como se fossem sábios.
Os sábios já morreram
Viva a Era dos computadores.
Incomodo mais que preto
No branco e vice-versa,
Se queres encontrar o
Culpado não fujas e conversa.
A loucura é controversa
Mas quem é louco descobre depressa
Que só vale a pena viver
Sendo-se louco até morrer.
Enquanto caminhas decidido
Ou de pés arrastados.
Algo te deixou enervado.
Ou és tu quem culpa
Ou és tu o culpado,
Mas o que interessa isso?
Pegas com as duas mãos
Na arma e aponta-la
Para o céu:
Neste mundo não há
Inocentes nem réus!
Se existe Deus não o vejo,
Se Ele não existe
Alguém vai ter de me responder.
Quero lá saber de todos,
Detestei ser bode expiatório
Agora procuro outro.
O culpado acabará por pagar.
Ninguém escapa impune
De fazer mal a alguém.
Quem pensas tu que és
Para mover peças
De um tabuleiro que nem sequer é teu?
Sou ateu só quando me dá mais jeito,
Prefiro procurar no dicionário
O conceito de perfeito.
Olhos cor-de-ódio-raiva
Faíscam, abusam da razão
Como se fossem sábios.
Os sábios já morreram
Viva a Era dos computadores.
Incomodo mais que preto
No branco e vice-versa,
Se queres encontrar o
Culpado não fujas e conversa.
A loucura é controversa
Mas quem é louco descobre depressa
Que só vale a pena viver
Sendo-se louco até morrer.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Confusão mental
Hesitam, não vos vejo a
Ter certeza.
Avançam, recuam
E escolhem diagonais.
Num raro momento de beleza
Decidem o vosso objectivo.
Depressa de mais
O tempo passa
E vocês no vosso passivo
Passado não passam
De seres sem graça.
O pouco que vejo
Deixa-me triste, sem fé.
O pouco que vivo
Deixa-me perder.
E dizem vocês, abstractos
Verdadeiros, que a morte
Chega em breve.
Pois então que chegue
Pois então eu abro-lhe as portas
Enquanto ela não se decide
A entrar, tento decidir
A minha certeza, avanço ou recuo
Ou decido o meu objectivo.
Até lá? Vivo.
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Construção
“Quem me dera ter tempo para fazer tudo aquilo que quero, mas há prioridades na vida e são elas a quem me entrego.” (Mundo)
Começando por baixo
E subindo aos poucos
Como em toda a boa construção.
Encarando de frente os problemas
E estudando da melhor forma
A sua solução.
Eliminando a apatia
E desenvolvendo a empatia.
Um edifício não se faz sozinho,
Sozinhos somos pó
Juntos somos deserto.
Tentando sempre escolher a porta
A melhor direcção,
Aquando do erro
Corrigir com a melhor exactidão.
Não lanço ao ar a moeda
Esperando sorte ou destino,
Se quero, tento e faço
E construo o meu próprio caminho.
Há muito para compreender e para descobrir
Neste mundo que nos vive,
E toda essa jornada
Deveria ser aproveitada.
07/09/2008 – 18:00
Recado
Escrito no autocarro, depois de vir do meu part-time. Parece que falar ao telefone com pessoas durante três horas deu isto. Ou então não. Mas gosto do ritmo deste poema. Boa leitura.
Para as almas
Mais puras, para
As pessoas que se
Julgam boas,
Para os ilusionistas
Vítimas da ilusão,
Para os que pensam
Que dão o pão
Quando na verdade
O tiram.
Não se iludam,
Hoje pensam que ajudam
Mas amanhã pedem ajuda.
Continuo sem perceber
Porque reina a hipocrisia.
Às vezes até asfixia
Mas respondem-me satisfeitos:
É assim que funciona a vida.
Se querem realmente ajudar
Então mexam-se! Sejam activos praticantes.
Ajam com sabedoria.
Sou pouco humilde,
Julgo-me superior a vós?
Não...
Se já nasci assim
Ou se fui influenciado,
Não sei.
Mas sou igual a todos vós:
A mesma ignorância
Está-me no cérebro.
A mesma fraqueza
Nos músculos.
A mesma falta de ganância, a passividade e futilidade
Correm-me no sangue.
A mesma covardia mora
No coração.
Para as almas
Mais puras, para
As pessoas que se
Julgam boas,
Para os ilusionistas
Vítimas da ilusão,
Para os que pensam
Que dão o pão
Quando na verdade
O tiram.
Não se iludam,
Hoje pensam que ajudam
Mas amanhã pedem ajuda.
Continuo sem perceber
Porque reina a hipocrisia.
Às vezes até asfixia
Mas respondem-me satisfeitos:
É assim que funciona a vida.
Se querem realmente ajudar
Então mexam-se! Sejam activos praticantes.
Ajam com sabedoria.
Sou pouco humilde,
Julgo-me superior a vós?
Não...
Se já nasci assim
Ou se fui influenciado,
Não sei.
Mas sou igual a todos vós:
A mesma ignorância
Está-me no cérebro.
A mesma fraqueza
Nos músculos.
A mesma falta de ganância, a passividade e futilidade
Correm-me no sangue.
A mesma covardia mora
No coração.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Caminho para as trevas
“Confio em todos os homens, só não confio no demónio dentro deles”
Sigam-me enquanto vos guio
Para a escuridão.
As trevas nunca estiveram
Tão perto.
Caminhem unidos, deixem-me guiar-vos
Para a escuridão.
O Apocalipse aproxima-se,
Sem terramotos, sem ciclones,
A Mãe Natureza não pertence a
Esta equação.
É apenas o Homem e toda a sua
Capacidade no aperfeiçoamento
Da sua própria destruição.
Não temam, vocês sabem o que querem
Vocês sabem que tudo vos pertence.
Rasga, mutila, estripa, mata,
As leis de Deus e as leis humanas
Não passam de escritos ignorados.
Deixem-me guiar-vos para a escuridão,
A mesma escuridão que guardam junto ao peito,
A escuridão que não deixa penetrar luz,
A escuridão na sua totalidade.
Soltem o monstro interior que ruge
Dentro dos vossos corações cansados
De tentar mudar e de tentar melhorar um mundo
Já sem qualquer hipótese de melhorar.
Ignora o amor, revolta-te com a paz
E deixa crescer o ódio, solta-te.
Vejam que a escuridão acabará por chegar
Ajudem-na a chegar mais depressa.
O sofrimento é a porta.
Acabarão por chegar lá de qualquer maneira.
Deixem-me guiar-vos para as trevas.
Coisa ruim
Só posso dizer isto uma vez...
Trancado no meu quarto
Devoro agonia universal,
Sentado debruço-me sobre o papel
E o azul da caneta
Esboça o ódio que todos
Nós preferimos guardar.
Não se iludam, o inferno
Não nos aguarda,
O inferno já nos engoliu
Há muito tempo.
Enquanto perdemos tempo
Com inutilidades sem nexo
A coisa ruim já se instalou:
Preferimos criticar os outros
(é tão fácil apontar o dedo),
Preferimos continuar iguais
(é mais fácil do que mudar).
Paradoxo, eu mesmo.
Não morri na cruz,
Nem ficarei conhecido por morrer,
O calor de morte
Que me guia nestas linhas
É o mesmo calor
Que escaldou a mão
Do primeiro ser humano quando
Descobriu o fogo.
A raiva é consequência
Desta impotência existencial.
Exausto de vos ver
Sentados ou deitados
Na vossa passividade,
Prefiro escrever.
Positivismo? Esperança?
Palavras de ilusão…
O vento da hipocrisia
Apenas vos lança areia
Para os olhos…
O momento é o agora,
O lugar é aqui,
Pensam que vos falo
Em enigmas, pois serei
Simples,
Vejam-se ao espelho:
Eis a coisa ruim.
27/05/07
Trancado no meu quarto
Devoro agonia universal,
Sentado debruço-me sobre o papel
E o azul da caneta
Esboça o ódio que todos
Nós preferimos guardar.
Não se iludam, o inferno
Não nos aguarda,
O inferno já nos engoliu
Há muito tempo.
Enquanto perdemos tempo
Com inutilidades sem nexo
A coisa ruim já se instalou:
Preferimos criticar os outros
(é tão fácil apontar o dedo),
Preferimos continuar iguais
(é mais fácil do que mudar).
Paradoxo, eu mesmo.
Não morri na cruz,
Nem ficarei conhecido por morrer,
O calor de morte
Que me guia nestas linhas
É o mesmo calor
Que escaldou a mão
Do primeiro ser humano quando
Descobriu o fogo.
A raiva é consequência
Desta impotência existencial.
Exausto de vos ver
Sentados ou deitados
Na vossa passividade,
Prefiro escrever.
Positivismo? Esperança?
Palavras de ilusão…
O vento da hipocrisia
Apenas vos lança areia
Para os olhos…
O momento é o agora,
O lugar é aqui,
Pensam que vos falo
Em enigmas, pois serei
Simples,
Vejam-se ao espelho:
Eis a coisa ruim.
27/05/07
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Negação
Não preciso de bussúlas
Pois tenho plena consciência
Que a direcção é só uma.
Em plena comunhão comigo mesmo
Sinto vontade neste quarto
De ouvir um som abstracto.
Não preciso de asas para voar
Para isso basta-me a imaginação,
De olhos bem abertos
Vou respirando
Até ser vida em vias de extinção.
Não quero o vosso abraço
Em horas de aflição
Nem quero o vosso sorriso falso
De falsa excitação,
Prefiro ser e estar ou estar e ser
Sozinho...
Não, não quero absolutamente nada.
Tenho tanto tempo para morrer
Que só quero um pouco de vida.
Pois tenho plena consciência
Que a direcção é só uma.
Em plena comunhão comigo mesmo
Sinto vontade neste quarto
De ouvir um som abstracto.
Não preciso de asas para voar
Para isso basta-me a imaginação,
De olhos bem abertos
Vou respirando
Até ser vida em vias de extinção.
Não quero o vosso abraço
Em horas de aflição
Nem quero o vosso sorriso falso
De falsa excitação,
Prefiro ser e estar ou estar e ser
Sozinho...
Não, não quero absolutamente nada.
Tenho tanto tempo para morrer
Que só quero um pouco de vida.
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Coisas - Monte Gordo, Aymonte, Quintã
A minha perspectiva de três vistas diferentes, o que mais mais gostei. Uma pequena descrição, uma pequena "publicidade" para quem não conhece, para quem poderá vir a visitar. Passou-se de 20 de Setembro a 31 de Setembro.
Primeira paragem, Monte Gordo - "Faz tudo como se alguém te comtemplasse"(Epicuro)
Apesar de visitar Monte Gordo todos os anos, desde há cinco anos, a verdade é não sei ao certo se é uma pequena cidade ou uma vila. Fica no fundo do território português, junto a Espanha. Uma zona fantástica para quem gosta de passar férias a descansar e a divertir-se. Ruas muito animadas, desde o nascer do sol até à noite. Lojas que convidam, algum comércio artesanal, pay shops, ATMs, o necessário para ninguém morrer à fome. As praias que lhe pertencem, para quem nelas passeia, apanha sol ou prova o mar, justificam o porquê de o ALgarve ser conhecido pelas melhores praia.
Para quem arranja força de vontade para viajar 2\3kms poderá encontrar uma das melhores praias, a praia verde. Um mar fabuloso, uma areia fabulosa e uma calma que não se encontra em mais praia nenhuma. Mesmo quando se encontra cheia de pessoas, se fecharmos os olhos apenas ouvimos o mar.
Num dos dias em que passeava pelas ruas de Monte Gordo encontrei esta frase, num painél de publicidade redondo: "Faz tudo como se alguém te comtemplasse", adorei. Acho que esta frase devia ser regra, lei, mandamento.
Segunda paragem, Aymonte - "O sol morre em Portugal"
Lamento ir apenas uma vez por ano(quando vou) a esta cidade espanhola. Uma cidade espanhola de território mas muito portuguesa no seu dia-a-dia, pelo menos no Verão. È uma cidade extremamente acolhedora e viciante. Podemos desde logo reparar na postura perante a vida do povo espanhol, tão diferente da portuguesa. Uma felicidade, uma estado constante de animação, o chamado "salero". Fascinante.
Toda a Espanha é uma lufada de ar fresco em termos de qualidade e variedade para todos os gostos, mas em especial no ramo gastronónico. Ir a um supermecado espanhol, mesmo sendo pequeno é um espectáculo de cores e feitios. Tudo tem um aspecto impecavel e fantástico. O mais irónico é que alguns desses produtos são portugueses mas trabalhados e aperfeiçoados por eles. Aqui reside já um pequena grande diferença entre portugueses e espanhóis, enquanto que os portugueses só querem enriquecer sem grande trabalho os espanhóis empenham-se ao máximo. Primeiro o cliente final, um esforço por tornar tudo melhor. Cinco estrelas.
Ao fim do dia, numa paisagem linda, conseguimos ver que o sol, de maneira indescritivel, vai morrer do lado português.
Terceira paragem, Quintã - "Se existe algum sítio para ouvir Deus respirar, é aqui"
No ano passado tive o privilégio de visitar Ferreira do Alentejo, uma terra magnifica que desde já aconcelho. Uma vila animada e muito povoada, que parece uma cidade em ponto pequeno. Mas pensava eu que isso era o verdadeiro Alentejo. Como me enganei. A 50kms de Beja descobri o verdadeiro Alentejo. Uma aldeia, se é que se pode chamar tanto, com umas quinze casas e uma população de aproximadamente 10 pessoas(sem contar com pessoal de em estado de férias). Sem mini-mercados, sem cafés, nada. Apenas casas, no meio do nada e distanciado de tudo. Tive sorte pois estava um dia relativamente enublado, mas quando o sol mostrava a sua cara o sol queimava e muito, e por muito que queiramos encontrar uma sombra enquanto passeamos é impossivel, pois elas não existem. É tudo um conjunto de planícies gigantestecas em fim e à vista e alguns pequenos montos. Não deixa de ser uma paisagem bonita e contrasta com as paisagens do centro e norte do país. O castanho da terra, algum amarelo do pasto já comido ou seco. Bonito. O que mais me espantou foi o total silêncio daquela zona, nunca tiva "ouvido" nada como aquilo. Mesmo em outras aldeias, ou em outros sitios calmos e mesmo à noite, nada como aquilo. Não é exagero, não se ouvia absolutamente nada, nem carros ou aviões, nem animais ou insectos. Nada. Se é possivel escutar o silêncio do mundo, então naquele sitio escutei-o. Disse ao meu amigo, que me proporcionou todas estas viagens, que se houvesse um sitio para se ouvir Deus, ou para se falar com Deus era ali. Melhor, acho que seria quase impossivel.
Gravidade zero
Voltei hoje de viagem;
Pouco mais que nada
Levei de bagagem
Mas trouxe algo mais
do que o pouco nada que levei.
Novas paragens, um novo aroma
Um sabor novo
Um olhar novo sobre
o habitual olhado.
A rotina descansou.
Descansei do pesadelo
da lembrança rotineira
que gosta de se relembrar
em sonhos.
O sol, o mar e a terra seca,
Uma praceta.
Sem promessas, sem juramentos,
Eu, os meus e os meus
momentos, num pequeno ponto
de equilibrio
ao qual chamo
gravidade zero.
Pouco mais que nada
Levei de bagagem
Mas trouxe algo mais
do que o pouco nada que levei.
Novas paragens, um novo aroma
Um sabor novo
Um olhar novo sobre
o habitual olhado.
A rotina descansou.
Descansei do pesadelo
da lembrança rotineira
que gosta de se relembrar
em sonhos.
O sol, o mar e a terra seca,
Uma praceta.
Sem promessas, sem juramentos,
Eu, os meus e os meus
momentos, num pequeno ponto
de equilibrio
ao qual chamo
gravidade zero.
O melhor ar que já respirei
Olho fixamente para o buraco
na parede ao qual chamam
irónicamente janela.
Mas consigo respirar
Mas já me habituei.
Sei que lá fora a vida
é melhor mas cá dentro
Sou só eu e o meu suor frio.
Queria abrir a porta
e dançar, beijar o chão.
Mas aqui dentro dentro sou só eu
Eu e o meu suor frio
E o que me resta de
uma crença num Deus
Que já se cansou das minhas preces.
Já não saboreio o sabor
dos cigarros, apenas fumo
para passar o tempo.
Vocês só desvalorizam
a liberdade porque nunca
tiveram de abdicar dela.
Uma semanas mais tarde saí da prisão:
dancei, beijei o chão e ao respirar foi o melhor
ar que já respirei.
na parede ao qual chamam
irónicamente janela.
Mas consigo respirar
Mas já me habituei.
Sei que lá fora a vida
é melhor mas cá dentro
Sou só eu e o meu suor frio.
Queria abrir a porta
e dançar, beijar o chão.
Mas aqui dentro dentro sou só eu
Eu e o meu suor frio
E o que me resta de
uma crença num Deus
Que já se cansou das minhas preces.
Já não saboreio o sabor
dos cigarros, apenas fumo
para passar o tempo.
Vocês só desvalorizam
a liberdade porque nunca
tiveram de abdicar dela.
Uma semanas mais tarde saí da prisão:
dancei, beijei o chão e ao respirar foi o melhor
ar que já respirei.
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