quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Caminho para as trevas
“Confio em todos os homens, só não confio no demónio dentro deles”
Sigam-me enquanto vos guio
Para a escuridão.
As trevas nunca estiveram
Tão perto.
Caminhem unidos, deixem-me guiar-vos
Para a escuridão.
O Apocalipse aproxima-se,
Sem terramotos, sem ciclones,
A Mãe Natureza não pertence a
Esta equação.
É apenas o Homem e toda a sua
Capacidade no aperfeiçoamento
Da sua própria destruição.
Não temam, vocês sabem o que querem
Vocês sabem que tudo vos pertence.
Rasga, mutila, estripa, mata,
As leis de Deus e as leis humanas
Não passam de escritos ignorados.
Deixem-me guiar-vos para a escuridão,
A mesma escuridão que guardam junto ao peito,
A escuridão que não deixa penetrar luz,
A escuridão na sua totalidade.
Soltem o monstro interior que ruge
Dentro dos vossos corações cansados
De tentar mudar e de tentar melhorar um mundo
Já sem qualquer hipótese de melhorar.
Ignora o amor, revolta-te com a paz
E deixa crescer o ódio, solta-te.
Vejam que a escuridão acabará por chegar
Ajudem-na a chegar mais depressa.
O sofrimento é a porta.
Acabarão por chegar lá de qualquer maneira.
Deixem-me guiar-vos para as trevas.
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