Precisamos de magia?
Um dos sentimentos mais completos que os leitores me dão é dizerem-me primeiramente que não gostam de poesia, mas que depois de me lerem um pouco, começam a gostar, ou pelo menos, partindo do pressuposto não arrogante que a tento pelo menos fazer, gostam do que escrevo. Isto para mim é magia.
Está numa hora estranha de ir dormir; está na hora certa de me retirar. Obrigado.
domingo, 15 de agosto de 2010
sábado, 14 de agosto de 2010
Wrathful

(Talvez seja este um poema de tudo aquilo que não gosto, por outro lado, talvez temendo a verdade alheia seja aquilo que sou. Neste momento pouco ou nada me importa; o mundo gira ao contrário vezes de mais para o meu gosto, e o homem muitas vezes anda para trás...Trava-se na garganta um grito, algo que para outros parece apenas um gemido, e para outros ainda: um grotesco silêncio. A realidade afecta-me mais do que um pesadelo. A única dúvida que recai em mim é : Serei na minha essência um monstro ou um homem?? Que comece a marcha por um território já tão amado e ambicionado...Alguém entre dentro de mim com força suficiente para me dividir em várias partes. Alguém me parta, que retire tudo o que menos importa; alguém faça por mim o que tento fazer por todos. Talvez sejam braços enormes que querem abraçar todo o mundo...Mas disse-me a minha mãe: Não podes dar o que não tens. E fiquei sem saber ao certo, estarei eu, eu que tanto odeio a hipocrisia, a ser um hipócrita? Possivelmente não, mas neste momento já não sou capaz de afirmar nada com total certeza, e da forma que me vou deixando ir pensando acho que nunca tive certeza em nada, nem coloquei ninguém na certeza. A certeza, algo que tinha como certo e importante, aos poucos foi perdendo o sentido e o prático, e mesmo tentando lutar contra esse facto, a verdade é que o continuo a perder. E esta batalha é tão inútil como lutar contra algo que não sabemos o que é, sem ver o rosto, sentir o cheiro, sentir o sabor. Quando damos por nós temos a cara dorida, cravada na terra, a tossir pó...sentindo o sabor a sangue que saí de uma ferida que nem encontramos pois todo o corpo dói. É isto tudo.)
É tudo exaustão.
Não existe mais experiência que leve a combustão.
É como sentir que nos falta o chão. É como se o ar
que nos entra nos pulmões fosse um ar em vão...
São mais os que vão do que aqueles que ficam.
Não existem forças na pele
é tudo um interior meio morno,
meio parado, totalmente escondido, como se espera-se
por algo que o acorde.
Não existe vida, apenas se espera a morte.
Sou um edifício forte ao qual apenas
falta o suporte. E tudo isso é o que mais importa.
É preciso tomar um banho em todo o corpo
até tudo o que nos cobre estar liberto,
é preciso lavar toda a alma, e destruir o que menos importa.
É ler nas entrelinhas, não chega ver a porta, ver a janela,
é preciso mudar;
é preciso subir...Luz. Essa luz que segurava alto
que iluminava e que me iluminava
apaga-se a cada dia que passa
com uma explosão de silêncio...Não restam aplausos
nem gritos...Sobra essa sombra já meio fraca.
Nem sombra, nem luz,
é tudo no centro do nada.
E como detesto viver aqui.
Queriam amor?
Guardem-no.
Preferem o ódio?
Aliciem-me.
Queriam que fosse diferente?
Mas isso já sou.
Melhor?
Levo o meu tempo...
Coloquei palavras em todo o meu mundo
e desenhei com amor, como se ao mundo desse arte;
e a arte de sentir espalhei como poucos. E a arte de odiar
recrio como poucos...Mas odeio como muitos.
E tento amar como a maioria.
Nestes dias que vão findando
morre trancado da alma um desejo a mais
um desejo desesperado que se consome
em cada percepção da sua não realização.
Ante tudo isto não preferia a morte.
Ante tudo isto vou remoendo o sonho
até ao dia da sua evaporação...
Ante isto tento não sofrer muito mais, e recrio-me:
com o mesmo ódio de sempre,
a mesma elevação,
com a mesma forma de mudança.
Ante isto tudo o que eu desejo
é que tudo seja...
(Um dia conseguirei talvez levar nas costas outro peso que não só o meu...Um dia confirmarei que o arrependimento não mata, mas faz doer. Um dia mentirei para conseguir o que eu quero. Como todos vocês.)
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Nas asas do abismo

Dedicado à Sofia.
Help me if you can. It's just that this.. Why you're giving in to all these reckless dark desires? Why do you wanna throw it away like this? What's your rush now? Everyone will have his day to die. Outsider - A Perfect Circle
Ninguém se enganou,
Ninguém agiu de má fé.
A vida às vezes gosta de nos colocar à prova,
quer ver em nós alguém capaz de a superar,
Alguém capaz de sobreviver ao drama
à perda, ao lodo deste mundo,
à falta de sabor dos momentos
ao excesso de sabor dos desgostos.
Mas estou aqui para ajudar.
Não existe pressa. Existe muita vontade.
E com vontade, verdadeira vontade, tudo se faz,
tudo se realiza.
A verdadeira batalha está naquela em que se ganha
experiência, seja uma derrota ou uma vitória.
Só se perde verdadeiramente quando nada se aprende.
E encontrei-te na sombra de um pequeno abismo
que se abria, tão tentador, às portas da tua ira,
do teu desespero. Qual é a tua pressa?
É pressa de quem se fartou de viver sem chama...
Alguns preferem deixarem-se ir nesse tormento
sem fim, onde vão morrendo aos poucos de forma silenciosa...
Outros preferem fugir a tudo isto...
E tu, depois de acordares, preferes voltar a viver.
Não existiu queda física e a queda espiritual foi abrandada,
e foi um som de asas que se aproximou
agarrando-te os braços, todo o teu corpo,
elevando-te para o sítio onde pertencias.
É na vida que pertences, na esperança de novas emoções.
Cabe-me respeitar as forças dos anjos e de Deus
neste mundo, e cabe-me usar as minhas asas
para salvar quem vale a pena salvar.
A morte chegará a todos um dia...
Para quê viver sem pensar nela? Não vale de nada.
E viver com medo de amar, de sonhar mais longe
é criar uma inércia à vida.
Olha-me nos olhos
e diz-me que recuaste para sempre.
A minha batalha só está ganha
quando marco a mudança para sempre
pois mudar por momentos já não me satisfaz.
E o orgulho que guardo no ser humano
é um orgulho que raramente se sente em mim;
mas é por pessoas como tu que este se vai fazendo sentir.
Mentiria se dissesse que não temo este mundo
estas pessoas;
Mas não te temo
e de ti me orgulho.
Não tenhas pressa, vive um dia de cada vez;
e como outros (poucos) agarra o que a vida tem de bom,
mesmo que o que tenha de bom seja muito pouco,
pois é nesse valorizar do bom que encontrarás
o essencial da tua felicidade.
Foi na minha personificação de asas
que salvaram alguém especial dum abismo
que encontrei mais uma vez
a razão intacta de confundir o destino.
Não é egocentrismo, não é desafio perante o divino...
É saber que vales a pena
que és importante
para mim e para outros
e porque fazes parte dos que vivem.
É altura de viver.
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Ancestral spirit

(Post 400 nas Narrativas de um monstro)
"So let the light touch you, so let the words spill through And let them pass right through Bringing out our hope and reason..." (Reflection - Tool)
É com olhos de como se fosse sábio
que aprecio as labaredas desta fogueira
que vai consumindo cada pedaço de árvore
que foi ceifado e apanhado por esta família.
Não são perigosos terrenos, são terrenos humanos;
e são estas pequenas paisagens
que se aproximam da minha alma
com um calor capaz de tocar a face, as mãos,
que me fazem compreender que talvez esteja sozinho neste universo.
Será o abstracto? Onde está o errado ou o certo?
São estas pequenas viagens aos quatro elementos
a toda uma Mãe Natureza
que me fazem desejar sair do corpo
e falar, estar mais longe de tudo isto.
O calor toca-me mas mantenho-me sentado
a apreciar a magia de cada chama,
e tudo vai ardendo
numa calma celestial...
O relógio toca, e toca onze vezes, na sala de jantar...
Vim eu aqui outra vez
perder o meu tempo,
devagar, como essa madeira que vai ardendo sem pressa...
E ao longe fica o mar,
Ficam os rios.
O vento bate nos vidros da janelas...
Mas eu saio de casa
e sinto esse mesmo vento a bater-me na cara
sem esse escudo da janela;
e não me magoa. Com a dor física posso eu. Seguro-a
com mais força do que aquela que ela aplica em mim.
É fácil. É muito fácil.
Com esta dor posso eu bem.
E sinto o cheiro a terra fresca, molhada,
uma terra que era seca sofreu na pele toda uma chuva
que caiu abundantemente.
Levo a minha mão ao solo e tiro um pouco de terra.
A minha mão ficou fria, molhada,
e eu deixo-a cair, sem pressa, como a labareda
que continua a queimar devagar o pedaço de madeira
que outrora foi vida, foi árvore.
Não me basta fingir que controlo...Não me basta não.
E é então que cravo com toda a força toda a minha mão
na terra; os dedos as unhas, toda a mão;
E sinto a terra, as raízes, as pedras,
pequenas ou maiores, tudo na mesma terra;
são insectos, restos de folhas, restos de insectos;
frutos...tudo na mesma terra, em contacto comigo.
Como consegui eu ser enganado pelos meus sentidos
nessa calma celestial?
Como enganei a minha alma
ao passar-lhe esta sabedoria
espiritual?
Como posso eu agir bem
quando tudo o que tenho em mim é o mal?
Acabei por perceber, como todo aquele que é sábio
que a verdade não está na união que criamos com
tudo aquilo que nos rodeia...e como todo aquele que é sábio
descobri-o demasiado tarde;
a verdadeira ligação, capaz de nos fazer devorar
com fome um pedaço de madeira de forma calma, como faz o fogo,
de forma a prolongar esse momento,
dando à sua volta o calor,
será apenas bem aplicado encontrando numa pessoa
a necessidade de nos transformar-mos em fogo.
Um chama perdida
consome o último pedaço de madeira...
Não restam dúvidas, valeu a pena.
Talvez o fogo encontre outros pedaços de madeira
para arder, para se unir, de forma a criar calor,
e magia. E talvez nenhum pedaço traduza o mesmo efeito...
Talvez o fogo não passe disso mesmo, uma magia sempre diferente,
sem forma de segurar para sempre
o calor mais vital.
Talvez a árvore que segurou o fogo
ainda tenha raízes
e volte a chegar a ele.
No abismo deste silêncio
a chama é poderosa,
porque a chama está viva,
e apenas um olho mais atento
um olho que nada teme
conseguirá perceber
que a única diferença
está na cor:
na cor do olho
na cor do fogo
na cor da árvore.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
A outra face do monstro

"Can't tell you the truth
'least I don't lie about that..." ( Any Way The Wind Blows - Sara B .)
Monstruoso é o coração de quem ousa amar;
Pelos sentimentos sofridos na pele
elevados ao sentido extremo do prazer
de se ser feliz; e aos poucos, muito devagar
encontramos a paz acesa que nos
faz querer melhorar e mudar tudo aquilo
que achamos estar mal nas nossas vidas
no nosso mundo...
Quando dou por mim a espiral é certa como
a morte; já desisti da sorte há muito tempo
e agora neste terreno humano oscilo entre
sabores de várias cores, músicas de vários sabores.
Quando dou por mim toda a minha vida apresenta-se
bela, concreta, sem dor, sem pavor,
Imagino como teria sido se nunca tivesse travado certas
palavras, evitado alguns movimentos;
torno-me naquele homem de longa idade
que recorda para justificar a vida.
Onde poderei ir?
Onde me quiser levar.
Não são duas faces diferentes:
são dois pontos de vista contrários,
obliquos, paralelos, um cálculo com incógnitas decimais.
Sonhei por pouco tempo nessa lua de Agosto que se escondeu;
e ao que parece nem o sonho foi de facto sonhado,
vivi num sonho que nunca sonhei
num desejo que acabei por sentir
em vão, como se para sofrer bastasse amar.
Mas não é verdade. Revolto-me com todas
essas amarras humanas, esses limites
que nada delimitam...Porque não podes estar aqui?
Pela mesma razão que eu não estou em mais lado nenhum:
eu só existo na minha imaginação
e na ousadia de quem me quer imaginar;
Porque pensar todos pensamos
e sentir todos sentimos...
Pouco ou nada é o que sentimos e pensamos.
Oscilo entre a razão que vivi e que deixei que fosse
seduzida; e o sentimento quase frio que me mutila
as mãos nos tempos que vivo.
Talvez seja injusto para quem de mim
apenas merece o melhor, o meu eu sentido,
Talvez.
Tóxico, pútrido neste sentimento de hábito
velho e gasto; drástico, muito seguidor
desse sentimento fraco e enfraquecido.
Desiludo mas também saio desiludido.
A maldição é o amuleto para a caixa de Pandora,
para os anos contados do fim,
para o findar de toda uma Era e Eras.
Não me canso do que fui,
canso-me de ser quem sou
de como sou.
Julgavam já ter visto a totalidade,
a verdadeira identidade deste monstro?
Pois ainda não viram nada!
(...)
A lição que falta a qualquer ser humano...A lição que falta a qualquer ser que queira ser um ser humano... A libertação total da escravidão diária..
Poucas serão as palavras que posso acrescentar a está mensagem. Talvez nenhumas. Mas o que interessa o que posso eu dizer? Aqui está tudo. Aquilo que nos falta, aquilo que temos a mais. Procuram equilíbrio? Está aqui mais do que o peso ou 'despeso' para a vossa balança...Querem-se agarrar a algo que valha a pena para viverem? Ok...Agarrassem-se à vida:
And you open the door and you step inside
We're inside our hearts
Now imagine your pain as a white ball of healing light
That's right, your pain
The pain itself is a white ball of healing light
I don't think so
This is your life, good to the last drop
Doesn't get any better than this
This is your life and it's ending one minute at a time
This isn't a seminar, this isn't a weekend retreat
Where you are now you can't even imagine what the bottom will be like
Only after disaster can we be resurrected
It's only after you've lost everything that you're free to do anything
Nothing is static, everything is appaling, everything is falling apart
This is your life, this is your life, this is your life, this is your life
Doesn't get any better than this
This is your life, this is your life, this is your life, this is your life
And it and it's ending one-minute at a time
You are not a beautiful and unique snowflake
You are the same decaying organic matter as everything else
We are all part of the same compost heap
We are the all singing, all dancing, crap of the world
You are not your bank account
You are not the clothes you wear
You are not the contents of your wallet
You are not your bowel cancer
You are not your grande latte
You are not the car you drive
You are not your fucking khaki's
You have to give up, you have to give up
You have to realize that someday you will die
Until you know that, you are useless
I say let me never be complete
I say may I never be content
I say deliver me from Swedish furniture
I say deliver me from clever arts
I say deliver me from clear skin and perfect teeth
I say you have to give up
I say evolve, and let the chips fall where they may
This is your life, this is your life, this is your life, this is your life
Doesn't get any better than this
This is your life, this is your life, this is your life, this is your life
And it and it's ending one-minute at a time
You have to give up, you have to give up
I want you to hit me as hard as you can
I want you to hit me as hard as you can
Welcome to Fight Club
If this is your first night, you have to fight
domingo, 8 de agosto de 2010
O erro de Deus
Disse Einstein: Deus não joga aos dados com o Universo. E mesmo não me querendo intrometer numa das maiores mentes de toda a História tenho de admitir: tenho as minhas dúvidas.
São 03:20 e sinto necessidade de escrever. A noite volta a ser uma companheira, ou talvez uma pequena maldição...uma nuvem que vai e vem, e para a tornar menos negra, tento escrever, fazendo com o que o tempo que não gasto num necessário descanso seja utilizado da melhor forma. Será? Faço o que posso. Serei obrigado a mais? É possível.
O Deus em que acredito é o mesmo do que a maioria do mundo. Sou cristão. E esse Deus está algures (dizem que em todo o lado, algo que é complexo para a nossa imaginação limitada), a observar os nossos actos. Acredito numa certa ordem de acontecimentos, sinais...num pseudo-destino, com algumas regras, alguns limites...Mas acredito, que no fim, tudo é escolha nossa. É uma questão de aceitar ou de nos revoltarmos. Talvez Deus nos mostre algumas portas, mas cabe-nos abri-las. Talvez a minha imaginação seja fértil de mais; talvez a minha monstruosidade me obrigue a tentar procurar uma razão, várias razões para muitos acontecimentos que se passam nesta nossa vida.
Penso que Deus terá colocado o paraíso nesta terra. E de propósito ou não, talvez tenha sido um mero erro cósmico, o inferno acabou por também se cá instalar. Talvez tudo tenha começado com a evolução desse macaco que se transformou em Homem.
Acredito que se por um lado o Homem foi capaz de surpreender Deus criando maneiras de pensar, viver e sentir positivas e cheias de chama, também terá sido ele a carregar a chave para a caixa de Pandora. E com a sua existência, de propósito ou sem querer, acabou mesmo por a abrir. É de magia que precisamos? Não. Porque este mundo precisa de equilíbrio.
Talvez o erro divino tenha sido cometido no momento em que Deus pensou que o Homem ia apenas semear com um sorriso toda a felicidade e bondade do mundo todo...Mas o Homem não semeou ventos...Semeou logo tempestades.
O meu erro é estar acordado quando deveria estar a dormir.
Por isso, para não prolongar um erro que pode facilmente ser evitado, vou-me deitar. Deixando na mão do Homem a capacidade de sofrer e de mudar, de proteger e sacrificar o ego, de matar o ódio sem réstia de piedade; acabando por amar, da forma que se sente. Já se faz tarde, e os erros não se corrigem sozinhos; para mudar é preciso movimento; o meu, neste momento, é sair daqui, fechar os olhos e dormir.
O meu erro foi ter começado a escrever.
São 03:20 e sinto necessidade de escrever. A noite volta a ser uma companheira, ou talvez uma pequena maldição...uma nuvem que vai e vem, e para a tornar menos negra, tento escrever, fazendo com o que o tempo que não gasto num necessário descanso seja utilizado da melhor forma. Será? Faço o que posso. Serei obrigado a mais? É possível.
O Deus em que acredito é o mesmo do que a maioria do mundo. Sou cristão. E esse Deus está algures (dizem que em todo o lado, algo que é complexo para a nossa imaginação limitada), a observar os nossos actos. Acredito numa certa ordem de acontecimentos, sinais...num pseudo-destino, com algumas regras, alguns limites...Mas acredito, que no fim, tudo é escolha nossa. É uma questão de aceitar ou de nos revoltarmos. Talvez Deus nos mostre algumas portas, mas cabe-nos abri-las. Talvez a minha imaginação seja fértil de mais; talvez a minha monstruosidade me obrigue a tentar procurar uma razão, várias razões para muitos acontecimentos que se passam nesta nossa vida.
Penso que Deus terá colocado o paraíso nesta terra. E de propósito ou não, talvez tenha sido um mero erro cósmico, o inferno acabou por também se cá instalar. Talvez tudo tenha começado com a evolução desse macaco que se transformou em Homem.
Acredito que se por um lado o Homem foi capaz de surpreender Deus criando maneiras de pensar, viver e sentir positivas e cheias de chama, também terá sido ele a carregar a chave para a caixa de Pandora. E com a sua existência, de propósito ou sem querer, acabou mesmo por a abrir. É de magia que precisamos? Não. Porque este mundo precisa de equilíbrio.
Talvez o erro divino tenha sido cometido no momento em que Deus pensou que o Homem ia apenas semear com um sorriso toda a felicidade e bondade do mundo todo...Mas o Homem não semeou ventos...Semeou logo tempestades.
O meu erro é estar acordado quando deveria estar a dormir.
Por isso, para não prolongar um erro que pode facilmente ser evitado, vou-me deitar. Deixando na mão do Homem a capacidade de sofrer e de mudar, de proteger e sacrificar o ego, de matar o ódio sem réstia de piedade; acabando por amar, da forma que se sente. Já se faz tarde, e os erros não se corrigem sozinhos; para mudar é preciso movimento; o meu, neste momento, é sair daqui, fechar os olhos e dormir.
O meu erro foi ter começado a escrever.
sábado, 7 de agosto de 2010
Jazz da meia noite

Apesar de serem 02h38 senti necessidade de escrever este texto.
Por aproximadamente 40segundos, que poderiam ter durado uma eternidade, se o objectivo do Homem neste mundo fosse só sonhar, passámos ao pé de um concerto de Jazz...Várias pessoas sentadas em degraus, bancos de jardim ou cadeiras de esplanada; sozinhas ou acompanhadas iam-se deixando levar por essas melodias que juntas criam essa magia...E eu deixei-me embalar. Apeteceu-me dizer: vão indo para casa, pois eu por aqui fico...sentado num degrau, sozinho, ou no chão...deixem-me apenas. Só. A imagem mais concreta que posso descrever é aquele que todos nós já vimos nos livros de ciências da natureza, onde, no sistema circulatório, o coração está divido em dois...Um lado bombeia para fora o sangue do coração, o outro recebe o que já deu a volta completa...Senti-me assim, com o meu coração dividido em dois.
E aquela melodia entristecia-me. E fez-me repousar nos sentidos...E isto já não me acontecia à muito tempo. Fiquei anestesiado de um presente que tento construir, para me embalar nesse passado confuso. Queria agarrar aqueles aproximados 40segundos para sempre...mas o dever do Homem não é só sonhar.
Até que ponto queremos a nossa vida descansada de mais?
Eu julgo entender algumas partes deste mundo.
Outras não.
Mas enquanto ali passei, amei cada segundo de melodia...
Por segundos quis ter tudo, aquilo que tenho, ainda mais forte, e o que nunca terei.
Tudo em 40segundos, segundos de pura magia...
Quem me dera ser outra pessoa
mas no mesmo lugar.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Megalomaniac

(Independentemente das razões e vontades que me levam a afastar-me da filosofia destrutiva do Homem, que destrói o que mais odeia e também o que mais ama, a verdade é que acabo por ir sempre aproximando-me dele...Mas continuo a tentar afastar-me...Por enquanto...
Mas o ritmo do meu coração não se manterá sempre, não irá bater para sempre, por isso tudo o que posso fazer é alertar-me enquanto vivo e alertar os que querem por mim ser alertados. Chega? Nem um pouco...Posso fazer mais? Duvido muito...E o que ouço cá dentro, é essa pequena frase, que me faz doer as entranhas da alma, que arrebata o estômago com uma azia intolerável, e essa pequena frase parece simples, parece inofensiva...Mas de aparências bem aparentes está este mundo cheio...E sinto-me, feliz quando amo, pútrido quando desejo o mesmo que esse que querem sentir que o mundo é deles, que são os únicos, os melhores, os primeiros...Por vezes dou-me ao luxo de ser Homem, outra vez apenas um homem...Com sorte consigo ser monstro. A canção, em forma de espiral transcende o coração, passa todo o corpo através das veias chegando ao cérebro...A frase desta canção diz...)
"I must keep reminding myself of this..."(vezes e vezes sem conta) (The patient - Lateralus - Tool)
Mais de duzentos mil mortos...
Eram pessoas que estavam no seu dia-a-dia
sossegadas na sua vida...
E duas cidades ficariam para sempre recordadas
por duas bombas atómicas lançadas por cobardes dos céus:
Hiroshima e Nagasaki.
Por aqui me queria ficar, mas não fico.
Poderão pensar porque fizeram isto. Nunca foi a pensar em outros
foi sempre a pensar em si.
Megalómanos. Raça viva de quem quer sempre mais
sem pensar nas sequências, sensação de se ser superior
a todos e a tudo.
Nem sequer era alemão...Mas entrou na História por
elevar a Alemanha. Intelectual e genial
começou por subir aos poucos no Estado.
Foi útil e eficaz a construir uma Alemanha nova,
fortificada e segura, uma Alemanha que se aguentava
sozinha, se auto medicava, se auto sobrevivia.
Mas a ganância quando cresce no Homem
torna-o cego, sedento de uma fome infinita
que nunca para de crescer e que nunca encontra alimento
que sacie.
E essa raça dita pura, dita especial, superior
quis expandir o seu espaço vital...
E fica na História um povo aparentemente pequeno
conquistar toda uma grande parte da Europa...
E fica na História todo um massacre de milhares
de milhões...Inocentes nesse jogo
da expansão de um território
cuja única razão foi a expansão de uma suposta
superioridade.
Megalómanos. Raça viva de quem quer sempre mais
sem pensar nas sequências, sensação de se ser superior
a todos e a tudo.
Por vezes penso estar sozinho
e perdido neste mundo. E outros sentem isso todos os dias...enquanto
estão vestidos, a comer, distraídos a observar outros na mesma situação...
Depois existem aqueles que de facto estão perdidos e sozinhos
neste mundo:
sem ajuda humanitária do Homem, sem a ajuda divina de Deus.
Uma mãe sei leite no seio tenta alimentar o filho
que morre em poucos dias
vítima de fome, de doenças, de sede...
Como se chegou a isto?
Onde está a humanidade?
Onde está Deus?
E mesmo na ausência de um Deus que não acorda
os Homens preferem adormecer também...
Megalómanos. Raça viva de quem quer sempre mais
sem pensar nas sequências, sensação de se ser superior
a todos e a tudo.
Sou da mesma matéria do animal dito irracional
que sofre no corpo as modificações da sua casa:
a Natureza.
As vítimas? Todas as criaturas do mundo:
racionais, irracionais, e toda a matéria que dele faz parte.
Os culpados?
O Homem.
Quem cobiça nunca dá. Quem cobiça quer sempre mais.
Quem cobiça rouba. Quem cobiça destrói.
Megalómanos. Raça viva de quem quer sempre mais
sem pensar nas sequências, sensação de se ser superior
a todos e a tudo.
É este o mundo que vamos passar
aos nossos filhos e netos...
Um mundo que outrora, durante séculos,
independentemente de criado por outrem ou apenas
criado por si próprio
estava em perfeitas condições...
Agora é um mundo partido, com feridas abertas
que já não saram, feridas que tapamos para não doer tanto
mas impossíveis de fechar.Megalómanos. Raça viva de quem quer sempre mais
sem pensar nas sequências, sensação de se ser superior
a todos e a tudo.
Tenho de me lembrar constantemente disto...
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Anonymous
Começo por agradecer o comentário. Como agradeço todos os comentários, pois é sinal que existiu a necessidade do leitor de dar a sua opinião, o que desde logo é muito bom sentir, como desde sempre pedi: reacção, fosse ela boa ou não.
Este comentário mereceu no entanto a minha atenção por várias razões. Gostaria de pedir a todo o leitor, fosse quem fosse, que assinasse o seu nome. Mesmo sendo alguém que nunca venha a conhecer poderei lembrar-me do comentário e do nome da pessoa, em vez de o "Anónimo disse...".
Ora agora as partes mais importantes.
Bob Marley é de facto um cantor com músicas mais animadas, mas não sinto qualquer preenchimento quando o ouço. Sei que existem momentos para ouvir músicas mais alegres, outros para músicas mais enriquecedoras, e também existem os momentos para as músicas que nos ajudam sobrelevar quer o ódio quer o amor. Eu ouço de tudo um pouco, mas opto por músicas e canções reflectivas. Dessa forma consigo ser feliz e aprender. São exemplo bandas como: Tool, APC, Nirvana; etc's. Mas tenho também um enorme leque de músicas, bandas e cantores, de estilos mais "animados" e "felizes".
Foi óptimo saber que gostaste dos textos. E não existe qualquer necessidade de dar a minha opinião, até porque as respeito a todas, sejam positivas ou negativas; mas neste caso, por algum motivo algo se acendeu dentro de mim.
As pessoas que me conhecem sabem que tenho por hábito contradizer essa expressão: os gostos\opiniões não se discutem. Eu acho que se devem discutir. Não se devem é julgar.
Quando me perguntam que tipo de escrita produzo (tanto dentro da prosa como da poesia), costumo dizer o "básico": amor, raiva\ódio, reflexão, desabafo, "abstracto", etc; mas existe algo que digo sobre a maioria dos meus textos, que é na sua maioria a sua essência: poesia negra iluminada. Isto devido à frase "a energia negativa que eles transmitem". Mais de 90% dos meus textos visam melhorar o meu ser, reparando os defeitos como ser humano que tenho, as minhas falhas, os meus erros; ou seja independemente da forma como os transmito na escrita ser mais "belo" ou "negativo" o que está por detrás deles, salvo alguns casos (que posso aproveitar para dizer que o texto que recebeu este comentário não é um desses raros casos de "negatividade" nem na forma nem na essência), é puramente positivo. Ou seja, mesmo me expressando de forma "negativa" o que quero é procurar em mim (ou no leitor) algo positivo. Seja através de mostrar o "mau" para saber o "bom", seja através de outras maneiras próprias de escrever.
Raro é pois o caso em que tanto a forma e negatividade estão juntas no mesmo texto, e apenas esses textos podem, na minha opinião receber essa definição.
Em relação ao lado feliz da vida...Toda esta vida que escrevo em textos é feliz para mim. Pois mesmo que não esteja em momentos melhores ao escrever encontro nisso, desde logo, algo bom, que serve para mim e para quem gosta ou não de me ler.
A questão aqui é esta: eu posso escrever no lado mal da vida, ou para o lado mau da vida, mas com o intuito de chegar à felicidade máxima, que é o que sempre desejei e sempre tentei atingir, independentemente de saltos e baixos inerentes à vida.
Textos "felizes", em que tanto a forma como essência sejam mais "alegres" são menos os casos no blogue, no entanto também os há. Poemas ou textos de amor, de injecção da alma...Existem ainda alguns.
Mas o importante é fazer ver que:
a escrita mesmo mais negra, negativa, em termos de forma, muito, mas muito raramente, é negativa na sua realidade. Por isso, peço "desculpa" se alguma forma passei uma energia negativa...Mas para quem conhece os meus textos depressa repara que o meu espicaçar, a minha maneira de ser e escrever consegue tocar a negridão literária, pois é a minha forma de me expressar melhor, apesar de com essa mesma forma a mensagem ser construtiva, apelativa, e se possível de espiral de iluminação. Com a minha escrita não procura deitar abaixo nenhuma alma nem a colocar ou afundar num lodo.
Por fim um grande: Obrigado. Que sejam feitos mais comentários e se possível tão activos e dignos de reflexo, como este.
Este comentário mereceu no entanto a minha atenção por várias razões. Gostaria de pedir a todo o leitor, fosse quem fosse, que assinasse o seu nome. Mesmo sendo alguém que nunca venha a conhecer poderei lembrar-me do comentário e do nome da pessoa, em vez de o "Anónimo disse...".
Ora agora as partes mais importantes.
Bob Marley é de facto um cantor com músicas mais animadas, mas não sinto qualquer preenchimento quando o ouço. Sei que existem momentos para ouvir músicas mais alegres, outros para músicas mais enriquecedoras, e também existem os momentos para as músicas que nos ajudam sobrelevar quer o ódio quer o amor. Eu ouço de tudo um pouco, mas opto por músicas e canções reflectivas. Dessa forma consigo ser feliz e aprender. São exemplo bandas como: Tool, APC, Nirvana; etc's. Mas tenho também um enorme leque de músicas, bandas e cantores, de estilos mais "animados" e "felizes".
Foi óptimo saber que gostaste dos textos. E não existe qualquer necessidade de dar a minha opinião, até porque as respeito a todas, sejam positivas ou negativas; mas neste caso, por algum motivo algo se acendeu dentro de mim.
As pessoas que me conhecem sabem que tenho por hábito contradizer essa expressão: os gostos\opiniões não se discutem. Eu acho que se devem discutir. Não se devem é julgar.
Quando me perguntam que tipo de escrita produzo (tanto dentro da prosa como da poesia), costumo dizer o "básico": amor, raiva\ódio, reflexão, desabafo, "abstracto", etc; mas existe algo que digo sobre a maioria dos meus textos, que é na sua maioria a sua essência: poesia negra iluminada. Isto devido à frase "a energia negativa que eles transmitem". Mais de 90% dos meus textos visam melhorar o meu ser, reparando os defeitos como ser humano que tenho, as minhas falhas, os meus erros; ou seja independemente da forma como os transmito na escrita ser mais "belo" ou "negativo" o que está por detrás deles, salvo alguns casos (que posso aproveitar para dizer que o texto que recebeu este comentário não é um desses raros casos de "negatividade" nem na forma nem na essência), é puramente positivo. Ou seja, mesmo me expressando de forma "negativa" o que quero é procurar em mim (ou no leitor) algo positivo. Seja através de mostrar o "mau" para saber o "bom", seja através de outras maneiras próprias de escrever.
Raro é pois o caso em que tanto a forma e negatividade estão juntas no mesmo texto, e apenas esses textos podem, na minha opinião receber essa definição.
Em relação ao lado feliz da vida...Toda esta vida que escrevo em textos é feliz para mim. Pois mesmo que não esteja em momentos melhores ao escrever encontro nisso, desde logo, algo bom, que serve para mim e para quem gosta ou não de me ler.
A questão aqui é esta: eu posso escrever no lado mal da vida, ou para o lado mau da vida, mas com o intuito de chegar à felicidade máxima, que é o que sempre desejei e sempre tentei atingir, independentemente de saltos e baixos inerentes à vida.
Textos "felizes", em que tanto a forma como essência sejam mais "alegres" são menos os casos no blogue, no entanto também os há. Poemas ou textos de amor, de injecção da alma...Existem ainda alguns.
Mas o importante é fazer ver que:
a escrita mesmo mais negra, negativa, em termos de forma, muito, mas muito raramente, é negativa na sua realidade. Por isso, peço "desculpa" se alguma forma passei uma energia negativa...Mas para quem conhece os meus textos depressa repara que o meu espicaçar, a minha maneira de ser e escrever consegue tocar a negridão literária, pois é a minha forma de me expressar melhor, apesar de com essa mesma forma a mensagem ser construtiva, apelativa, e se possível de espiral de iluminação. Com a minha escrita não procura deitar abaixo nenhuma alma nem a colocar ou afundar num lodo.
Por fim um grande: Obrigado. Que sejam feitos mais comentários e se possível tão activos e dignos de reflexo, como este.
domingo, 1 de agosto de 2010
O Homem e o monstro (Lição Terceira)

Existe apenas uma diferença básica entre o Homem e o monstro: o monstro sonha pois reconhece a sua importância como combustível da vida; e sonha com o único objectivo de sonhar e de fazer todos os movimentos necessários para realizar esses sonhos. Sonha para ser acção. O Homem comete dois erros sempre: ou não sonha, tornando-se um ser que vive sem vida; ou põe o sonho muito à frente da acção, sonha muito mas não faz, quase que se contenta com o sonho.
Homem: Monstro...sonhei muito...sonhei muito mas não fiz com que o sonho se concretizasse...Não lutei por ele, limitei-me a sonhar...Quando dei por mim era demasiado tarde. E agora, parece que deixei de sonhar. Perdi chama, perdi chamas...Monstro...Não quero viver tristemente.
monstro: O Homem já não sabe sonhar. Gosta de sonhar para se ir confortando...É triste Homem, vocês preferem sonhar do que agir, porque pensam que assim não sofrem derrotas nem desilusões. Mas a vida é assim mesmo. E o sonho pode parecer que chega, mas não basta, nunca bastará. Só se podem sonhar com coisas que sabemos que vão acontecer ou coisas acontecerão se lutarmos por elas. O sonho que sobra é em vão, é enganador, é um vazio pintado com uma tinta fraca de preenchimento que apenas esconde a dura verdade desse vazio mal pintado.
O Homem deve sonhar e lutar pelo sonho, transformar esse sonho em realidade, em acção. Sonhar mesmo quando sabe bem nunca se irá comparar a sentir-se esse mesmo sonho. E o Homem que quer ser feliz e saudável, para ele e para os que o rodeiam, tem de sonhar para depois o realizar...Por isso ainda não desiste da raça humana, porque a maioria ainda sonha...é faze-los acreditar que tudo vale concretizar esses sonhos. E para os que já não sonham, exclamar contra eles, acorda-los, para voltarem a sonhar! Homem, se ainda vais a tempo, sonha, luta...faz.
sábado, 31 de julho de 2010
Viagem sem retorno

Neste lugar agarrado ao chão
declino a oportunidade de ir mais além,
E não se trata de temer desilusão
tão pouco que alguém
me volte a fazer acreditar no Homem...
São raízes profundas nesta terra
que me fazem questionar o valor de cada passo.
Quando me disseram que aprender
é como subir algum tipo de serra
preferi não acreditar. Foi preciso morrer
para perceber que sou aquilo que sinto e aquilo que faço.
Estou vivo, não me entrego ao cansaço,
Mas todo o meu ser teve de entrar numa espiral
quase divina, exposta a uma realidade que não era a minha.
E foi preciso avançar, soltar-me e deixar-me ir...
E em poucos anos a metamorfose chegou, contemplou
a borboleta, as asas soltaram-se,
E mesmo sem renegar esse passado a borboleta
segue o seu caminho, seja ele qual for,
sem nunca voltar para trás...Porque atrás está algo
que não importa mais. Se conseguiu evoluir
retroceder seria uma mediocridade existencial...
Se consegue voar então não precisa mais do seu casulo.
E mesmo quando essa tempestade de aproxima,
trazendo com ela um apocalíptico clima,
A asas apenas abanam, sem nunca fechar,
E protegem: os orgãos mais importantes,
As pessoas que nunca nos deixaram de amar,
E todos os momentos que foram bons e marcantes.
Quanto mais nos agarrarmos às más cicatrizes
De todos os males da nossa vida expostos e sofridos
mais fundo
se enterram
essas ditas raízes...
(Não rimava desta forma há muito tempo...E apesar de gostar continuo a preferir o verso solto. Espero que gostem...)
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