domingo, 25 de setembro de 2016

vida pós morte da máquina que viveu sofrida

Nessa mistura de cores,
(a preto e branco esboçado)
O sorriso da máquina, cansado,
(esconde as mais poderosas dores);
A energia incansável, eterna,
Tal coração que durante um século bateu,
Tal fóssil esquecido perante a Era Moderna,
Suspirou por fim, esgotou, morreu,
(foi colocado de parte,
Pegado ao colo, empurrado para um rio,
Largo, comprido, frio,
Como se uma vida mecânica não fosse também divina arte...)

Sem comentários: