'...este fulgor baço da terra
que é Portugal a entristecer. ' (Fernando Pessoa)
Sem medo da morte. Sem qualquer medo da morte,
assim esperam, enquanto evoluíem,
os que entraram para a História.
Deixaram que essa luz se acendesse por dentro,
tal incêndio a alimentar-se de uma floresta.
Naqueles onde o olhar vazio
sem fome nem sede resta
n'outros é venerado, elevado, todo e qualquer desejo
que se manifesta.
Demónios de sal, mar e areia,
Entre danças quotidianas e simples...
Mas ilusórias e falsas como
as canções das sereias.
O desafio é o longe, mas a conquista
começa no que está mais perto...
O incerto está repleto de olhares
tristes, de sentimentos e sufocos e apertos.
Poderia estar enganado, tal criatura humana,
por uma chama que quase ninguém consegue ver,
Numa escrita insana, seguida por pés corajosos,
Almas que por sentir a vida
escolhiam as escolhas mais perigosas.
Por entre a Mãe traiçoeira Natureza,
das suas lágrimas agitadas,
do pó nascido da destruição calma e serena das rochas
e pedras...
Por entre colinas e serras,
Paz e guerras...
Um sangue pulsava forte,
sem medo, sem qualquer medo.
Entristecido, adormecido,
foi em tudo isto que tudo se transformou.
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