Dói demais não doer já tanto - ou quase já não doer,
Dessa dor, desse dano causado, desse dano dorido
sentido constantemente, que acompanhava o respirar,
o andar, o pensar e o não pensado, o estar vivo
sem se querer estar, o aguardar que a morte
não aguardasse mais...
Não cansa mais esse trovejar a trevas,
o calor das infernais labaredas,
A luz escura do Céu...
Demónios e anjos, juntos, de mãos apertadas,
almas unidas, sentindo nos pés a mesma aspereza
da terra, da folha e do pó.
Ninguém espera mais do que aquilo que alcança,
e raramente avançam mais do que tudo aquilo que recuam,
Mais um passo, mais outro, mais dois passos,
Não há balança que se desequilibre
na hora de conquistar mais balanço...
A palavra está escondida nas cavidades
da boca,
a Palavra está trancada nos lábios...
Mas nasceu em dois sítios tão diferentes...
Como a Ciência e Fé...
Até lá, fica o agradecimento.
2 comentários:
O agradecimento é de quem tem o contentamento de ter o acesso às tuas postagens, Caro Diogo Garcia... Uma vez mais um rasgado elogio à Tua inspiração.
Uma vez mais, muito obrigado João de Jesus. Confesso que este texto...pouco fez por se materializar naquilo que eu queria. Forte abraço.
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