terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O desespero dos sábios

Tinha de facto algumas coisas para escrever. A maioria delas sem grande importância. E maioria delas pouco ou nada talvez tenham haver com este título. Talvez nos dias que correm, com tudo aquilo que se passa à minha e à nossa volta, este título até faça algum (ou até muito) sentido...Curiosamente, em dez minutos eficazes, nos quais me desloco à rua, esta frase apareceu no meu espírito. Curiosamente? - Perguntam vocês. Talvez não seja assim tão curiosamente. E talvez, como disse um pouco mais acima, e reforço o talvez, esta seja uma frase que encaixa perfeitamente nas nossas vidas, na minha vida, e na vida do mundo. (Mas tudo consoante um talvez.)
Perdi-me. Tem-me acontecido mais vezes do que era suposto; ou no caso de ser suposto; mais vezes do que aquilo que eu queria.
Acabei por me lembrar hoje que só uma vez, em vinte e três anos, entrei num conflito físico. Que durou uns dez segundos. Se a memória não me falha, consegui levar um soco ao de leve (desviei-me a tempo) e consegui dar um soco também ao de leve...Moral da história: lamento até hoje só ter tido uma vez necessidade de recorrer à "violência" e que esse momento tenha durado tão pouco.
Perdi-me outra vez.
Ultimamente tenho escrito frases que as pessoas até gostam. Não sei se por serem belas, úteis, ou uma mistura agradável das duas. Acabam por ser frases que nasceram dentro de um texto qualquer, e que depois, à sua maneira, ganharam autonomia. No entanto houve uma excepção à regra: ás vezes esperar não é perder tempo, ás vezes perder tempo não é em vão. Aliás, escrevia na altura para mim próprio; sem ideia de beleza, apenas na tentativa de criar algo útil. Mas depressa se mostrou quase vazia...e tudo o que espero dela agora é que seja útil para outros, e se possível, mais do que foi para mim.
Nunca tive muito jeito para conversas de café...e se alguém já esteve comigo sentado ou sentada num café poderá comprovar isso mesmo. Eu preciso de algo diferente para fluir...e as palavras acabam por sair de todas as formas possíveis, menos num café. É uma coisa minha, e minha só talvez. Seja como for, chegámos à conclusão, que existem três tipos de pessoas, em relação a uma das variantes da alma: a) as pessoas que não sabem o que querem; b) as pessoas que sabem o que querem mas que não conseguem; e por último c) as pessoas que sabem o que querem e que conseguem obter. Eu, sem qualquer sombra dúvida, pertenço ao grupo b). E conheço alguém que está nos três grupos ao mesmo tempo...mas com um grande excesso de inércia. Logo não me preocupa tanto.
Este texto começa a fazer menos sentido agora que está a ganhar corpo do que quando era apenas frases soltas sem corpo...Algo que é deveras péssimo. Seja como for, já é tarde. E não quero ficar por aqui muito mais tempo.
Por muito imbecil que possa parecer, existem coisas que ficaram por falar, outras foram faladas sem sequer ser preciso, mas o grande objectivo disto, foi tentar arranjar um texto para colocar aquela frase, que nasceu sozinha...Agora estou livre, pelo menos nesse ponto. Fim.

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