terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Confissões de uma jaula

"I keep it caged but i can't control it...
The beast is ugly; i feel the rage and i just can't hold it...
It's just beneath the skin
i must confess that i feel like a monster."
(Skillet - Monster)
(post 500)

Como todos vós fui aprisionado
numa jaula de porta entreaberta
como se me tratasse de um ser inanimado.
Destruído em cada articulação
consumido em cada músculo
não represento nenhum perigo,
nem para mim, nem para os outros,
(nenhum perigo eminente).
Questionei-me a cada grade
a cada fechadura e a cada tentativa de janela,
o silêncio respondeu-me de forma silenciosa.
Não me poderia sentir de outra maneira qualquer
só desta forma posso estar grato por estar vivo
neste cativeiro mal fechado,
onde as verdades estão escritas num papel
sujo e molhado, enrolado ao canto deste local.
Não o leio há muito tempo...
Não receio a hora de sair daqui
nem de aqui ficar eternamente;
São escolhas, são vontades, são silêncios;
é hora de meditar. Está escuro apesar
de tanta luz; o sonho seduz mas o pesadelo
acorda cada um de vós.
Tentei perguntar se a dor era uma ilusão
ou se era a única coisa real,
uma confusão de identidades caiu sobre o mundo:
e a pergunta ficou sem resposta.
O segredo está bem guardado...
Fecho a porta, já não está mais nas minhas mãos
controlar as amarras deste monstro;
A chave está agora nas vossas mãos...
Soltem-me se o anoitecer vier
ou se o amor ganhar ao ódio.
Mas não me soltem em vão
se não culpar-vos-rei de toda
e qualquer
devastação.

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