Bem-vindo ao mundo das ilusões que estará à vossa espera,
nem tudo é o que parece como num museu de cera... (DLM)
Há pouco menos de uma década fiz o que mais ninguém fez
e desafiei Deus para um duelo de xadrez,
Moveram-se peças muito lentamente
e muito mais depressa cresceram os porquês.
E desde então tenho vindo a procurar
sem cessar tudo aquilo que posso encontrar,
A iluminação é como a vela sem companhia
que baila numa rua escura
onde a única luz que tenta fracamente destruir
as trevas é a luz da lua.
Neste mundo os sentidos estão todos ao contrário,
E o que é bênção transforma-se em maldição
e vice-versa num pequeno pedaço temporário.
Poeira.
Assenta a poeira, mas a brisa volta sempre
porque o vento é como o tempo
nunca pára verdadeiramente
apenas finge parar.
Tentativas de humana evolução
são geralmente miragens de ilusão
dissolvem-se como ondas na praia,
Podem parecer gigantes
imparáveis
até ao momento da rebentação.
Deus moveu a sua peça depressa de mais.
Agora é a minha vez.
Talvez nem tudo seja o que parece,
mesmo que pelas razões mais modestas.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
sábado, 27 de novembro de 2010
illuminatus
Em tempos já fui católico. Na altura não foi um acto hipócrita. Aliás, sou relativamente contra aqueles que são batizados em bébés. Porquê? Por duas razões básicas: primeiro, estão a colocar um peso em alguém que nada sabe do mundo, e que ficará talvez para sempre "escravo" disso mesmo. Segundo ponto: (o que vejo mais vezes hoje em dia), renunciam à sua iniciação católica em jovens\adultos. Eu fui batizado com dezassete anos. Logo, foi um acto mais do que consciente, mas mesmo assim, fugi. Arrependo-me de me ter batizado? Não, porque na altura foi sentido. Sinto-me hipócrita agora por estar constantemente contra a Igreja? Nem por isso. Senti-me iluminado por estar de mãos dadas com a Igreja? Longe disso.
Mas isto sou eu. Porque se encontrar pessoas que descubriram na Igreja a verdadeira iluminação, algum tipo de sentido nas suas vida, não as julgarei. Cada um, dentro de si, encontra o caminho certo, seja ele qual for. No entanto devo dizer, que entre os actos grotescos, fúteis, hipócritas, de quem caminha e sorri dentro da Igreja, julgo que devem descobrir o Deus dos cristãos. Mas isso é apenas a minha opinião valor de grão de areia no deserto.
Onde comecei eu?
Sim, iluminação.
Disseram-me um dia destes que é preciso um "click". O problema dos "clicks" é que às vezes existem vários. E todos eles importantes. Portanto, como decidir o peso máximo de cada um? Como perceber aquele que de facto faz a diferença entre um caminho e não outro, entre entrar na luz ou nas trevas? A racionalidade dir-me-ia: pesa as consequências, os prós e os contras. O sentimento: saberás quando for o certo.
Mas também é indeferente. Hoje em dia o que interessa às pessoas é chegar a algum lado. Não importa como, nem porquê.
Ontem, em conversa com o meu amigo de longa data de um metro e noventa e três, descobri frases dignas de divertimento e reflexão. Passo a citar: "O povo só quer golos e vinho...", aucht!, mas de facto é o que parece. Achei graça. E é engraçado neste país rever o que é importante para o povo, os três F's, Fátima, Fado e Futebol.
Odeio fado. Gosto muito de música portuguesa, ou pelo menos abro umas excepções agradáveis...Rui Veloso, Madredeus, Silence 4, e toda a cultura hipopiana (mais do antigamente), principalmente a do Porto (que é a melhor) até Lisboa, abrindo ainda uma excepção para o Alentejo. Fátima...fui lá em criança. Chorei, a chamada "baba e ranho", pois levaram-me a um museu de cera. Desde criança tenho horror a tudo aquilo que parece demasiado real; mas mais horror do que isso só guardo a tudo aquilo que não era suposto mexer, mas que mexe. Era o caso. O meu avô Alfredo ria-se. Não compreendia o meu medo idiota. Estraguei a manhã à minha família. Por isso, ainda hoje, guardo algum pavor a placas que tenham escrito "Fátima, não sei quantos KMs". No entanto, gostava de lá voltar. Não pela fé, mas porque a sua grandeza, mesmo sendo esta uma comparação estúpida, é parecida à do Vaticano para Itália, mas versão portuguesa. Apenas e só por isso. E o futebol...esse tem os seus altos e baixos. Vai e vem, anima e deprime. Mas esse mesmo poder , de animar ou deprimir, prova a sua importância na minha vida.
Outra frase interessante: "Oitenta por cento das pessoas são doidas...", achei deveras exagerado, mas na altura cingi-me ao silêncio...Oito em cada dez pessoas ser "doido" (este não será o termo médico ou clinico) é muito. Das minhas observações valor de grão de areia no deserto, diria talvez quatro a cinco pessoas. Ele, como no passado, chegou à conclusão que na complicação e da complexidade estava a verdadeira felicidade. Por outro lado, tal como qualquer homem (com h pequeno), queixou-se da complicação e da complexidade, por ser complicade e complexa. Diria eu em tom irónico: homens? Não. Todos nós somos estranhos. Todos diferentes, todos iguais, todos diferentes naquilo que supostamente somos iguais. Alguns aspectos iguais, mas diferentes lá no senhor fundo.
Click.
Hoje de manhã dei comigo a praguejar à janela contra Deus. "Tu não dás sinais coisa nenhuma..." Serei consciente da realidade? Ou apenas arrongante? (Copo meio cheio ou meio vazio?Pormenores. E no entanto os "pornenores definem grandes planos".) Cheguei à conclusão que estava a ser arrogante. E como qualquer cristão, passei pelas brasas da minha essência, e resmunguei numa altura má, e também agradeço numa altura boa...o resto do tempo? Passividade, esquecimento. E não gosto de sentir isto. O ser humano cai sempre nesta rotina. E se por um lado achei patético outrora quem reza todos os dias à noite, agora respeito esse facto, e acho bonito. Quem diz isto, diz aquilo que outras pessoas mais cépticas fazem, como é o caso de lavarem a alma todos os dias antes de dormir.
Isto faz-me lembrar uma situação bem elaborada e inteligente por Eça de Queirós no livro Os Maias. Nesse excerto, o abade tenta convencer Afonso da Maia a instaurar uma educação religiosa no neto Carlos...Ao qual Afonso da Maia diz que Carlos vai aprender a ser justo, cavalheiro, honesto, lutador, (etc), através de uma educação séria, assim como os católicos, mas sem ser por temor a Deus, mas por ser um homem nobre. Excelente.
Estou K.O. (continua talvez.)
Mas isto sou eu. Porque se encontrar pessoas que descubriram na Igreja a verdadeira iluminação, algum tipo de sentido nas suas vida, não as julgarei. Cada um, dentro de si, encontra o caminho certo, seja ele qual for. No entanto devo dizer, que entre os actos grotescos, fúteis, hipócritas, de quem caminha e sorri dentro da Igreja, julgo que devem descobrir o Deus dos cristãos. Mas isso é apenas a minha opinião valor de grão de areia no deserto.
Onde comecei eu?
Sim, iluminação.
Disseram-me um dia destes que é preciso um "click". O problema dos "clicks" é que às vezes existem vários. E todos eles importantes. Portanto, como decidir o peso máximo de cada um? Como perceber aquele que de facto faz a diferença entre um caminho e não outro, entre entrar na luz ou nas trevas? A racionalidade dir-me-ia: pesa as consequências, os prós e os contras. O sentimento: saberás quando for o certo.
Mas também é indeferente. Hoje em dia o que interessa às pessoas é chegar a algum lado. Não importa como, nem porquê.
Ontem, em conversa com o meu amigo de longa data de um metro e noventa e três, descobri frases dignas de divertimento e reflexão. Passo a citar: "O povo só quer golos e vinho...", aucht!, mas de facto é o que parece. Achei graça. E é engraçado neste país rever o que é importante para o povo, os três F's, Fátima, Fado e Futebol.
Odeio fado. Gosto muito de música portuguesa, ou pelo menos abro umas excepções agradáveis...Rui Veloso, Madredeus, Silence 4, e toda a cultura hipopiana (mais do antigamente), principalmente a do Porto (que é a melhor) até Lisboa, abrindo ainda uma excepção para o Alentejo. Fátima...fui lá em criança. Chorei, a chamada "baba e ranho", pois levaram-me a um museu de cera. Desde criança tenho horror a tudo aquilo que parece demasiado real; mas mais horror do que isso só guardo a tudo aquilo que não era suposto mexer, mas que mexe. Era o caso. O meu avô Alfredo ria-se. Não compreendia o meu medo idiota. Estraguei a manhã à minha família. Por isso, ainda hoje, guardo algum pavor a placas que tenham escrito "Fátima, não sei quantos KMs". No entanto, gostava de lá voltar. Não pela fé, mas porque a sua grandeza, mesmo sendo esta uma comparação estúpida, é parecida à do Vaticano para Itália, mas versão portuguesa. Apenas e só por isso. E o futebol...esse tem os seus altos e baixos. Vai e vem, anima e deprime. Mas esse mesmo poder , de animar ou deprimir, prova a sua importância na minha vida.
Outra frase interessante: "Oitenta por cento das pessoas são doidas...", achei deveras exagerado, mas na altura cingi-me ao silêncio...Oito em cada dez pessoas ser "doido" (este não será o termo médico ou clinico) é muito. Das minhas observações valor de grão de areia no deserto, diria talvez quatro a cinco pessoas. Ele, como no passado, chegou à conclusão que na complicação e da complexidade estava a verdadeira felicidade. Por outro lado, tal como qualquer homem (com h pequeno), queixou-se da complicação e da complexidade, por ser complicade e complexa. Diria eu em tom irónico: homens? Não. Todos nós somos estranhos. Todos diferentes, todos iguais, todos diferentes naquilo que supostamente somos iguais. Alguns aspectos iguais, mas diferentes lá no senhor fundo.
Click.
Hoje de manhã dei comigo a praguejar à janela contra Deus. "Tu não dás sinais coisa nenhuma..." Serei consciente da realidade? Ou apenas arrongante? (Copo meio cheio ou meio vazio?Pormenores. E no entanto os "pornenores definem grandes planos".) Cheguei à conclusão que estava a ser arrogante. E como qualquer cristão, passei pelas brasas da minha essência, e resmunguei numa altura má, e também agradeço numa altura boa...o resto do tempo? Passividade, esquecimento. E não gosto de sentir isto. O ser humano cai sempre nesta rotina. E se por um lado achei patético outrora quem reza todos os dias à noite, agora respeito esse facto, e acho bonito. Quem diz isto, diz aquilo que outras pessoas mais cépticas fazem, como é o caso de lavarem a alma todos os dias antes de dormir.
Isto faz-me lembrar uma situação bem elaborada e inteligente por Eça de Queirós no livro Os Maias. Nesse excerto, o abade tenta convencer Afonso da Maia a instaurar uma educação religiosa no neto Carlos...Ao qual Afonso da Maia diz que Carlos vai aprender a ser justo, cavalheiro, honesto, lutador, (etc), através de uma educação séria, assim como os católicos, mas sem ser por temor a Deus, mas por ser um homem nobre. Excelente.
Estou K.O. (continua talvez.)
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Mensagem enigmática
Nem pareço eu...a menos que...
Talvez não me chame Diogo Garcia T.Henriques, talvez não viva em Lisboa,
Talvez não goste de escrever,
talvez não seja um monstro...
Talvez só queira ouvir mais uma música.
Talvez não esteja num sítio não assim tão longínquo daqui, onde vive a minha alma, mesmo estando aqui o meu corpo.
Talvez só queira ouvir uma música um pouco mais bonita.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Ter-se-á Freud enganado?
(é favor carregar na imagem para conseguir ler, obrigado.)
Sempre gostei desta tira. Porque sonhamos nós? É a pergunta de muitos seres humanos. E de pelo menos um monstro. Não sei ao certo se os sonhos servem para algo em específico...Sei que nos parecem dar sinais e\ou mensagens por vezes, assim como matar saudades; etc. E o próprio Freud tentou esmiussar os sonhos. Chegou a algumas conclusões é um facto.
No entanto, esta fórmula mágica do Hobbes enche-me completamente. Porque sonhamos?
Para não estarmos tanto tempo separados (durante o sono) de quem mais gostamos. Assim podemos estar juntos nos sonhos, até à hora do nascer de mais um dia. Adormecer sorrindo, talvez dormir sorrindo...e acordar a sorrir. Não é fantástico? É com certeza. Até já.
Sempre gostei desta tira. Porque sonhamos nós? É a pergunta de muitos seres humanos. E de pelo menos um monstro. Não sei ao certo se os sonhos servem para algo em específico...Sei que nos parecem dar sinais e\ou mensagens por vezes, assim como matar saudades; etc. E o próprio Freud tentou esmiussar os sonhos. Chegou a algumas conclusões é um facto.
No entanto, esta fórmula mágica do Hobbes enche-me completamente. Porque sonhamos?
Para não estarmos tanto tempo separados (durante o sono) de quem mais gostamos. Assim podemos estar juntos nos sonhos, até à hora do nascer de mais um dia. Adormecer sorrindo, talvez dormir sorrindo...e acordar a sorrir. Não é fantástico? É com certeza. Até já.
domingo, 21 de novembro de 2010
Um pequeno favor?
Fiz mais uma pausa para reflexão, o Sr. Calvin e o Sr. Hobbes têm sempre este feito em mim.
Disse o próprio criador deles: Pagamos sempre pelo que queremos, nunca pelo que precisamos. E é uma grande verdade. Eu mesmo conheço muita gente que poderia pagar uma quantia pequena para receber um pontapé no traseiro. E eu mesmo às vezes também preciso de um.
Mas estamos dispostos a admitir que precisamos dele?
Não. Ou muito raramente.
Por isso façam-me este favor, se acham que eu mereço, pontapeim-me! Eu agradeço...
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Criaturas, após a metamorfose
"Yes I am ugly as much as I can be..." (Silence 4)
Na minha melhor noite fui o meu pior pesadelo,
E continuo sem conseguir vê-lo, ao caminho
que deveria estar a caminhar.
Talvez não sejam assim tantas as perguntas
talvez não sejam assim tão poucas as respostas
mas o mundo mantêm-se no seu ciclo...
E eu? Como todas as criaturas
continuo vivo dentro desse perfeito círculo.
De um lado: a teoria
do outro a prática,
A passividade
a pragmática,
As letras, a matemática...Estou morto à tantos dias
que dificilmente volto a morrer.
Nunca pensei estar morto tanto tempo
enquanto chuvisco neste frio fraco.
Dizem que a verdade cura
mas a alma da criatura
tropeça nela, e choca nela
como se tratasse de uma rocha dura.
Será a verdade dolorosa que nos faz atingir o caminho certo?
A pessoa que se ama?
Ou pelo contrário...é a verdade dolorosa que nos afasta
daquilo que mais queremos por nos causar medo!?
São todas estas criaturas
de diferentes sentimentos
de diferentes alturas
que nascem, e vivem e morrem em nós.
São dias de sol
que se transformam em dias cinzentos,
e o calor da alma
que na cama invade uns pés frios.
São momentos completos
que o passar do tempo
de alegria ou saudade
nos causam arrepios...
Perder tudo
e deixar ir.
Para voltar a sonhar e lutar por tudo novamente.
Nunca será glorioso vencer batalhas
se no fim a guerra está perdida,
e não foi uma guerra.
Uma metamorfose começada
se não é acabada
é como se fosse nada.
O guerreiro que larga a espada
(sem que seja para descansar)
tornar-se-á em alma despedaçada.
Não quero ir a mais lado nenhum,
a menos que seja estar contigo.
A minha metamorfose está longe de estar completa.
E a tua como está?
Na minha melhor noite fui o meu pior pesadelo,
E continuo sem conseguir vê-lo, ao caminho
que deveria estar a caminhar.
Talvez não sejam assim tantas as perguntas
talvez não sejam assim tão poucas as respostas
mas o mundo mantêm-se no seu ciclo...
E eu? Como todas as criaturas
continuo vivo dentro desse perfeito círculo.
De um lado: a teoria
do outro a prática,
A passividade
a pragmática,
As letras, a matemática...Estou morto à tantos dias
que dificilmente volto a morrer.
Nunca pensei estar morto tanto tempo
enquanto chuvisco neste frio fraco.
Dizem que a verdade cura
mas a alma da criatura
tropeça nela, e choca nela
como se tratasse de uma rocha dura.
Será a verdade dolorosa que nos faz atingir o caminho certo?
A pessoa que se ama?
Ou pelo contrário...é a verdade dolorosa que nos afasta
daquilo que mais queremos por nos causar medo!?
São todas estas criaturas
de diferentes sentimentos
de diferentes alturas
que nascem, e vivem e morrem em nós.
São dias de sol
que se transformam em dias cinzentos,
e o calor da alma
que na cama invade uns pés frios.
São momentos completos
que o passar do tempo
de alegria ou saudade
nos causam arrepios...
Perder tudo
e deixar ir.
Para voltar a sonhar e lutar por tudo novamente.
Nunca será glorioso vencer batalhas
se no fim a guerra está perdida,
e não foi uma guerra.
Uma metamorfose começada
se não é acabada
é como se fosse nada.
O guerreiro que larga a espada
(sem que seja para descansar)
tornar-se-á em alma despedaçada.
Não quero ir a mais lado nenhum,
a menos que seja estar contigo.
A minha metamorfose está longe de estar completa.
E a tua como está?
Unleash the hell
Tenho o poder normal de um ser humano:
catastrófico.
Consigo amar e roubar a dor,
Consigo odiar e sentir vingança.
Consigo fazer-te feliz como mais ninguém
e querer, e desejar ficar contigo para sempre
dando sempre o melhor em tudo.
Consigo atraiçoar, soltar um inferno que estava preso
deixando este mundo indefeso, pronto para sofrer
até que morra.
Tenho o poder normal de um ser humano...
Talvez outro anjo perdido no inferno.
catastrófico.
Consigo amar e roubar a dor,
Consigo odiar e sentir vingança.
Consigo fazer-te feliz como mais ninguém
e querer, e desejar ficar contigo para sempre
dando sempre o melhor em tudo.
Consigo atraiçoar, soltar um inferno que estava preso
deixando este mundo indefeso, pronto para sofrer
até que morra.
Tenho o poder normal de um ser humano...
Talvez outro anjo perdido no inferno.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Um grande problema?
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Unleash the silence
Os tambores de guerra deram tréguas por momentos,
e tudo o resto é vazio.
Não que esteja tudo completamente vazio,
são apenas os seus interiores que se encontram vazios,
tudo sem preenchimento.
E é então
que tudo fica nessa paz morta
nessa guerra que ficou por travar,
tudo devido ao silêncio.
Para quem conseguir esperar
os tambores de guerra
com sorte voltarão.
e tudo o resto é vazio.
Não que esteja tudo completamente vazio,
são apenas os seus interiores que se encontram vazios,
tudo sem preenchimento.
E é então
que tudo fica nessa paz morta
nessa guerra que ficou por travar,
tudo devido ao silêncio.
Para quem conseguir esperar
os tambores de guerra
com sorte voltarão.
Unleash the anger
Deveria toda a raiva ser acção?
Existir um círculo de chamas
envolto, pronto a arder para sempre?
Deveria toda a raiva ser razão de destruição?
Algum vêem nela um caminho para a perfeição.
Para mim toda a raiva é bênção
se me entregar à inspiração.
Mas não...Soltem-na apenas,
contra todos,
deixando-a livre para atacar tudo e todos,
Livre para ser ela mesma.
Raiva presa apenas leva à frustração.
Partilhem o seu peso
e aceitem a ajuda sincera.
Existir um círculo de chamas
envolto, pronto a arder para sempre?
Deveria toda a raiva ser razão de destruição?
Algum vêem nela um caminho para a perfeição.
Para mim toda a raiva é bênção
se me entregar à inspiração.
Mas não...Soltem-na apenas,
contra todos,
deixando-a livre para atacar tudo e todos,
Livre para ser ela mesma.
Raiva presa apenas leva à frustração.
Partilhem o seu peso
e aceitem a ajuda sincera.
Unleash the pain
Estou silencioso.
Não é um silêncio misterioso,
é um silêncio covarde,
é um silêncio quase doloroso...
(Mas tenho tentado viver
através da frase que a dor é apenas uma ilusão)
Queria que a dor fosse destruída
depressa, para depressa darmos valor
à sua ausência.
É este o estado de alma
é esta a consciência, ou a falta dela,
Descobrir a cura
é mais difícil do que a reconstituição de um crime,
Onde o sangue atinge vários pontos do chão
vários pontos das paredes
criando uma imagem sublime...uma dor passada
mas não esquecida.
Cravo as unhas num sítio qualquer
na esperança da dor se desvanecer.
E rezo para ser nuvem
e conseguir dividir toda a dor
pela terra em forma de chuva,
toda ela espalhada sem um ponto a focar.
Tudo à deriva, tudo entregue ao seu ciclo
até a mim voltar (de outra forma).
É preciso cair, para depois levantar,
é preciso perder tudo para podermos ter tudo outra vez.
É preciso doer.
Não é um silêncio misterioso,
é um silêncio covarde,
é um silêncio quase doloroso...
(Mas tenho tentado viver
através da frase que a dor é apenas uma ilusão)
Queria que a dor fosse destruída
depressa, para depressa darmos valor
à sua ausência.
É este o estado de alma
é esta a consciência, ou a falta dela,
Descobrir a cura
é mais difícil do que a reconstituição de um crime,
Onde o sangue atinge vários pontos do chão
vários pontos das paredes
criando uma imagem sublime...uma dor passada
mas não esquecida.
Cravo as unhas num sítio qualquer
na esperança da dor se desvanecer.
E rezo para ser nuvem
e conseguir dividir toda a dor
pela terra em forma de chuva,
toda ela espalhada sem um ponto a focar.
Tudo à deriva, tudo entregue ao seu ciclo
até a mim voltar (de outra forma).
É preciso cair, para depois levantar,
é preciso perder tudo para podermos ter tudo outra vez.
É preciso doer.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Unleash the heaven
Poderia reabrir a porta...
Mas não sei o quanto tentarão,
O quanto lutarão, por mais um dia.
Esta janela esteve sempre aberta
fosse a sua paisagem sol ou nuvens.
As coisas estão iguais. O mundo parece
que quase dorme em paz,
esperando a hora certa de acordar.
Mas no fim?
Um silêncio infernal abate-se sobre esta terra.
Deixando os anjos e os demónios
numa luta constante
onde o ser humano nada faz
obstante esperar...E tanto espera pelo quê?
Por tudo aquilo que não mais interessa.
Junto forças para deixar de caminhar sozinho,
Mas no fim, por muito esforço aplicado
fico a respirar este ar sem mais ninguém.
O céu sempre me deu incentivo.
Tentei sempre espalhar o bem, nas formas
naturais da minha alma, nas minhas acções,
E o bem chegaria...
A passividade e a hipocrisia vão envenenando
os passos da maioria das almas,
A umas chega mais depressa
a outras com mais calma...Porque tanto esperam?
E a falta de fome
que a todos nos consome
sem tréguas, sem chama acesa que se eleve!
Estou apenas curioso...
Onde está guardada a chave desta porta?
E se soubéssemos que por detrás desta porta
está um céu à nossa espera?
Haveria então coragem e vontade para a abrir?
Ou continuaríamos nalgum género de trevas?
A minha aura está meio morta
meio viva; no repouso da árvore da vida.
Receamos o livre arbítrio
como tememos o infinito.
O momento é o agora
o lugar é o céu
que se rende mesmo aqui,
é a hora de abrir a caixa de Pandora,
é a hora de não me ir embora,
é hora de voltar a descer o véu...
Tenho de ser o que já fui, e viver o que vivi.
Pela esperança de voltar a abrir esta porta.
Mas não sei o quanto tentarão,
O quanto lutarão, por mais um dia.
Esta janela esteve sempre aberta
fosse a sua paisagem sol ou nuvens.
As coisas estão iguais. O mundo parece
que quase dorme em paz,
esperando a hora certa de acordar.
Mas no fim?
Um silêncio infernal abate-se sobre esta terra.
Deixando os anjos e os demónios
numa luta constante
onde o ser humano nada faz
obstante esperar...E tanto espera pelo quê?
Por tudo aquilo que não mais interessa.
Junto forças para deixar de caminhar sozinho,
Mas no fim, por muito esforço aplicado
fico a respirar este ar sem mais ninguém.
O céu sempre me deu incentivo.
Tentei sempre espalhar o bem, nas formas
naturais da minha alma, nas minhas acções,
E o bem chegaria...
A passividade e a hipocrisia vão envenenando
os passos da maioria das almas,
A umas chega mais depressa
a outras com mais calma...Porque tanto esperam?
E a falta de fome
que a todos nos consome
sem tréguas, sem chama acesa que se eleve!
Estou apenas curioso...
Onde está guardada a chave desta porta?
E se soubéssemos que por detrás desta porta
está um céu à nossa espera?
Haveria então coragem e vontade para a abrir?
Ou continuaríamos nalgum género de trevas?
A minha aura está meio morta
meio viva; no repouso da árvore da vida.
Receamos o livre arbítrio
como tememos o infinito.
O momento é o agora
o lugar é o céu
que se rende mesmo aqui,
é a hora de abrir a caixa de Pandora,
é a hora de não me ir embora,
é hora de voltar a descer o véu...
Tenho de ser o que já fui, e viver o que vivi.
Pela esperança de voltar a abrir esta porta.
domingo, 14 de novembro de 2010
O retrocesso do universo
A violenta paz que me ignora todos os dias,
São falsas nostalgias, fracas sabedorias,
É a beleza em actos de violência
é toda a total demência
São todas as agonias.
É o negar da existência
é a morte da essência.
É um apogeu sem euforia...
São seres humanos com uma vontade vã,
Se me esquecer de fazer hoje
o importante é não me esquecer de fazer amanhã.
Deveriam ser grandiosos os cantos
aliviados pelas bocas dos anjos
para apaziguar todos os nossos prantos.
Era um sonho. Não deixes o mal entrar no meu coração,
Vai-te à luta, força forte de furacão,
Quem luta parece que não vive em vão.
É o retrocesso do universo
numa escrita resumida em verso,
Toda a não-história tem um preço
e tudo o que ainda tento pedir
e que ainda peço
é : tenta conseguir.
São falsas nostalgias, fracas sabedorias,
É a beleza em actos de violência
é toda a total demência
São todas as agonias.
É o negar da existência
é a morte da essência.
É um apogeu sem euforia...
São seres humanos com uma vontade vã,
Se me esquecer de fazer hoje
o importante é não me esquecer de fazer amanhã.
Deveriam ser grandiosos os cantos
aliviados pelas bocas dos anjos
para apaziguar todos os nossos prantos.
Era um sonho. Não deixes o mal entrar no meu coração,
Vai-te à luta, força forte de furacão,
Quem luta parece que não vive em vão.
É o retrocesso do universo
numa escrita resumida em verso,
Toda a não-história tem um preço
e tudo o que ainda tento pedir
e que ainda peço
é : tenta conseguir.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Demasiado novo, demasiado tarde
Something always brings me back to you...
Sete,
contados em várias velocidades,
em vários locais,
onde o abismo e a união se encontraram
mais do que o uma vez;
É um dado adquirido respeitar o tempo a passar...
Espero não ter chegado demasiado tarde.
Rostos vagos, amigos, irmãos de sangue,
a outra peça que se encaixa em nós
fazendo com que tudo faça sentido...
Espero não ter chegado demasiado tarde.
Corri, tentei, mas não tentei nem corri o suficiente.
E tento agora, novamente, correr e tentar.
Nunca deveria ter parado. Agora sinto esse peso,
mas talvez tudo aconteça por uma razão.
Ou talvez não. Interessa-me? Já não.
Quero o que quero, e só por isso devo lutar.
Existem coisas que separadas nem sequer fazem sentido,
e mesmo que possam fazer, não é a mesma coisa,
nunca estaremos a falar do mesmo.
Cabe-me agora, não ir demasiado tarde.
É ténue a linha que separa os opostos...
Todos os opostos. Mas é essa mesma linha que tento
agora, espero que não demasiado tarde, absorver,
destruir, ...
É altura de me iluminar a mim
e de conseguir aquilo que mais desejo,
a razão de viver feliz.
A razão de valer muito mais a pena viver.
E é hora de não ser demasiado tarde,
ou tudo
talvez ainda mais para sempre
tenha perdido
o sentido.
As esperas já foram mais longas,
é hora de fazer com que as peças
se voltem a encaixar.
Something always brings me back to you...
Sete,
contados em várias velocidades,
em vários locais,
onde o abismo e a união se encontraram
mais do que o uma vez;
É um dado adquirido respeitar o tempo a passar...
Espero não ter chegado demasiado tarde.
Rostos vagos, amigos, irmãos de sangue,
a outra peça que se encaixa em nós
fazendo com que tudo faça sentido...
Espero não ter chegado demasiado tarde.
Corri, tentei, mas não tentei nem corri o suficiente.
E tento agora, novamente, correr e tentar.
Nunca deveria ter parado. Agora sinto esse peso,
mas talvez tudo aconteça por uma razão.
Ou talvez não. Interessa-me? Já não.
Quero o que quero, e só por isso devo lutar.
Existem coisas que separadas nem sequer fazem sentido,
e mesmo que possam fazer, não é a mesma coisa,
nunca estaremos a falar do mesmo.
Cabe-me agora, não ir demasiado tarde.
É ténue a linha que separa os opostos...
Todos os opostos. Mas é essa mesma linha que tento
agora, espero que não demasiado tarde, absorver,
destruir, ...
É altura de me iluminar a mim
e de conseguir aquilo que mais desejo,
a razão de viver feliz.
A razão de valer muito mais a pena viver.
E é hora de não ser demasiado tarde,
ou tudo
talvez ainda mais para sempre
tenha perdido
o sentido.
As esperas já foram mais longas,
é hora de fazer com que as peças
se voltem a encaixar.
Something always brings me back to you...
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Carta para "Jimmy"
Querido amigo,
Está na hora de voltar para casa. Quero, tal como tu, voltar a encontrar a face da estabilidade, mas não a quero voltar a perder de vista. Quero voltar para casa. Quero uma nova oportunidade de descobrir como fazer a diferença, quero voltar a sentir-me eu, o eu que me preenchia, o eu que eu gostava de ser. Escrevo-te esta carta por várias razões...Em primeiro lugar posso precisar da tua ajuda para voltar para casa. O caminho é difícil mas não é impossível, e talvez precise de alguém que me guie, pelo menos inicialmente. Estou cansado, um pouco impaciente, pedia-te então, que me guiasses o mais gentilmente possível. Pedia-te também, que fosses tornando a minha casa o mais acolhedora possível, para a minha chegada, que limpasses todos os detalhes, que a tornes como outrora espelho de alegria, conforto, e salubre. Todos os dias, desde há já algum tempo, sonho com este dia, o dia de regressar a casa. Pensar no sentimento que já senti, na sensação de estar completo, capaz de vencer todos os obstáculos, faz-me sorrir enquanto caminho para casa. Mas como sempre, a meta não é o desafio, o desafio está no caminhar, está no caminho. E está, como na maioria as pessoas não entendem, na: vontade de o caminhar.
Por isso meu caro amigo, vem em meu auxílio. Não sou de pedir favores a ninguém, apesar de estar sempre disponível para ajudar os outros. E está na hora de voltar para casa. Já tentei iluminar, salvar abismos de receberem mais um corpo, já amei e tentei amar, mas também já destruí. Dizemos sempre a quem está à nossa volta que somos diferentes dos outros...mas é mentira. Somos iguais aos outros, mas de forma diferente. Compreendes? Todos somos substituíveis, porque as almas são quase infinitas, e o ser humano, para o mal como para o bem, enquanto conseguir surpreender, tem uma chance de fazer a diferença. Mas descobri que não. Existe uma excepção, ou mais do que uma. Sabia que substituir alguém de família, alguém muito próximo e amado é impossível. Mas nunca acreditei sentir isto com alguém sem ser de sangue. Portanto meu amigo, aconteceu algo que raramente acontece: tive de engolir as minhas próprias palavras e arranjar uma solução para este problema. Por isso te escrevo esta carta.
Estou quase farto destas sombras, agradecia que caminhasses na minha direcção com essa luz bem alta, para que eu pudesse ver, e guiar-me para casa.
Obrigado, e até,
Diogo GTH
8 de Novembro de 2010
Está na hora de voltar para casa. Quero, tal como tu, voltar a encontrar a face da estabilidade, mas não a quero voltar a perder de vista. Quero voltar para casa. Quero uma nova oportunidade de descobrir como fazer a diferença, quero voltar a sentir-me eu, o eu que me preenchia, o eu que eu gostava de ser. Escrevo-te esta carta por várias razões...Em primeiro lugar posso precisar da tua ajuda para voltar para casa. O caminho é difícil mas não é impossível, e talvez precise de alguém que me guie, pelo menos inicialmente. Estou cansado, um pouco impaciente, pedia-te então, que me guiasses o mais gentilmente possível. Pedia-te também, que fosses tornando a minha casa o mais acolhedora possível, para a minha chegada, que limpasses todos os detalhes, que a tornes como outrora espelho de alegria, conforto, e salubre. Todos os dias, desde há já algum tempo, sonho com este dia, o dia de regressar a casa. Pensar no sentimento que já senti, na sensação de estar completo, capaz de vencer todos os obstáculos, faz-me sorrir enquanto caminho para casa. Mas como sempre, a meta não é o desafio, o desafio está no caminhar, está no caminho. E está, como na maioria as pessoas não entendem, na: vontade de o caminhar.
Por isso meu caro amigo, vem em meu auxílio. Não sou de pedir favores a ninguém, apesar de estar sempre disponível para ajudar os outros. E está na hora de voltar para casa. Já tentei iluminar, salvar abismos de receberem mais um corpo, já amei e tentei amar, mas também já destruí. Dizemos sempre a quem está à nossa volta que somos diferentes dos outros...mas é mentira. Somos iguais aos outros, mas de forma diferente. Compreendes? Todos somos substituíveis, porque as almas são quase infinitas, e o ser humano, para o mal como para o bem, enquanto conseguir surpreender, tem uma chance de fazer a diferença. Mas descobri que não. Existe uma excepção, ou mais do que uma. Sabia que substituir alguém de família, alguém muito próximo e amado é impossível. Mas nunca acreditei sentir isto com alguém sem ser de sangue. Portanto meu amigo, aconteceu algo que raramente acontece: tive de engolir as minhas próprias palavras e arranjar uma solução para este problema. Por isso te escrevo esta carta.
Estou quase farto destas sombras, agradecia que caminhasses na minha direcção com essa luz bem alta, para que eu pudesse ver, e guiar-me para casa.
Obrigado, e até,
Diogo GTH
8 de Novembro de 2010
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
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