quinta-feira, 13 de maio de 2010

12º Tributo - The Grudge (Tool - Lateralus)



"Wear the grudge like a crown, of negativity
Calculate what you will will not tolerate
Desperate to control all and everything
Unable to forgive your scarlet letterman...

Otherwise it all comes down
Terrified of being wrong...

Justify denials...

Controlling
Defining
And we're sinking deeper...

Or drags you down like a stone
To consume you 'til you
Choose to
Let this go
Choose to
Let this go...


Let go (crescendo) (elevado a um expoente infinito)"

(Esta música é a base da minha aprendizagem nesta experiência em forma de espiral. Não posso acrescentar muita coisa, as pessoas de que gosto têm "sofrido" (um sofrimento positivo e iluminador) com ela. Inicialmente, há um ano e tal, esta música era para mim um "barulho" agradável. Não passava disso mesmo. Mas eu não me deixei ficar de olhos tapados, e comecei a prestar atenção à letra. É uma tarefa quase "dolorosa" escolher o álbum preferido...mas quando ouço esta música, o Reflection e o Lateralus, não me restam muitas dúvidas...Esta música já me serviu para imensos textos, cartas, mensagens, conversas com várias pessoas...quase sempre chegamos ao fim e agradecem-me, pois o resultado é o esperado, a capacidade de seguir em frente. Mas nem sempre. Por isso, hoje, tento mais uma vez, dar tributo a esta grande música. E já agora: Deixem-se ir, e deixem ir.)

Utiliza o rancor como uma coroa de negatividade...
Escolhe aquilo que vais ou não tolerar,
Desesperado para controlar tudo e todos...
Impossibilitado de perdoar...

Não justifico negações, devoro-as!,
Procuro um caminho como vos ajudo a procurar,
se assim o quiserem,
Não controlo ninguém nem controlo muito mais,
Controlo alguns dos meus impulsos, outros não,
Controlo alguns dos meus músculos, outros não,
E se quero ser honesto não posso controlar as minhas palavras
e pouco ou nada das minhas acções.
Utilizo o rancor e ódio, como parte integral do meu ser,
Mas nem sempre foi assim, nem será sempre assim,
Mas é o amor que me bombeia o coração. Eu sou desta forma
e só mudarei quando deixar de acreditar naquilo que tomo como
seguro.
Eu sei perdoar, mas também sei que nem sempre devemos perdoar.
Nem todos merecem segundas oportunidades...é um facto.
E terceiras oportunidades ainda menos...mas vocês veneram dor
eu apenas venero o ódio...quem é o mais louco afinal?
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
Eu avisei-vos, eu ajudo-vos, mas não me consigo a mim impor essa regra:
deixar-ir, esquecer...por isso acabo por me ir consumindo nessas lembranças
e acontecimentos...Mas prefiro ajudar uns tantos, que no fim conseguem
crescer e elevar-se que só eu, e apenas eu.
Retira esse peso das tuas costas antes que seja tarde de mais...antes que o peso
te esmague. E mesmo enquanto não esmaga vai-te estragando o corpo (e não só);
Esquece as pessoas que te fizeram mal, esquece o que te fizeram, ... pelo
menos retira-as do teu ser, para teres espaço e emoção
para receber outras pessoas...outras que valarão a pena.
(Let go, let go, let go, let go...)
Consegues deixar-te ir? Eu tenho tempo, posso esperar, desde que no fim
tenhas essa coragem. Se deres esse passo então tens a felicidade, ou o
começo dela, a teus pés.
Continuo terrificado de estar errado. Esse medo pode estancar
o passo a qualquer ser humano...e até mesmo a um monstro.
De que vale este medo? Vale de nada.
É como sofrer por antecipação.
Não sou só iluminação, também sou escuridão,
Mas escolho as pessoas certas e os momentos certos
para me deixar ir, aprender, viver, e morrer consciente que amei tudo
o que podia amar, de forma intensa.
Não quero desperdiçar mais momentos com pessoas que não merecem,
Quero receber de todos aqueles que me merecem
o total de tudo,
Tudo ao máximo possivel.
Não quero que saiam da minha vida, seja qual for o motivo,
E ficar a pensar que podia ter aproveitado mais, não...
Não quero ser igual ao humano comum...que vive criticando
e que depois se encontra sozinho, carregado de arrependimentos,
E saudade...Não!
Eu não sou assim.
Eu já aprendi a soltar-me de quase tudo.
Eu aprendi a deixar-me ir...tirando um ou outro caso. Um.
E então?
Sou assim. Até deixar de o ser.
Tudo o que faço não faço por fazer,
Faço porque sinto, por quero sentir,
Porque para já ainda é saber que vale a pena...
No dia em acordar e sentir que é obsessão abraço todos aqueles que amo
para que me gritem durante o tempo necessário: Let go, let go, let go...
Até lá, não desisto. Até lá respiro e vivo e dou o meu melhor,
Deixo-me ir mas ir ao encontro da luta, da força. Imparável pelo amor sem ser parado
pelo ódio ou medo ou negações e desculpas sem sentido.
Eu sou racional e sou emocional.
Mas eu sou assim.

1 comentário:

Joana disse...

Oh meu Deus! Que tributo! Que mais há a dizer depois de testemunhar as tuas mortais palavras? Estás mesmo a elevar-te, a cada dia que passa.
E o resto, já sabes: LET GO!
Orgulhas-me todos os dias, a cada frase e texto escritos. :)

Keep going