quinta-feira, 13 de maio de 2010

13º Tributo - H. (Tool - Aenima)



"What's coming through is alive.

They're both totally void of hate,
But killing me just the same.

What my damage could have been.
My blood before me begs me
Open up my heart again.

And I feel this coming over like a storm again.
Considerately.

Without the skin here,
Beneath the storm.
Under these tears now,
The walls came down.

And as I look in your eyes
My fear begins to fade
Recalling all of the times
I have died
And will die.
It's all right.

I am too connected to you
Slip away, fade away.
Days away I still feel you
Touching me, changing me...
"

(Estive agora mesmo a reler e a re-ouvir esta música...Assim como o The Noose, não a ouvia há algumas semanas...E posso chegar a uma conclusão sensata, algo que ainda não reparei em mais nenhuma, mas que terei mais atenção a partir de agora: a sua forma actualizada. Ou seja, parece que esta música se altera ao nosso eu presente. Por outras palavras, esta música adapta-se à situação em que estamos, e diz-nos aquilo que sentimos, aquilo que queremos e devemos ouvir. Esta música acabou de me fazer sentir...um ser humano. Alguém que aqui está, que pensa e sente. Lembro-me que apenas os primeiros segundos da música eram aliciantes...depois comecei a reparar no resto. Eu nem sempre reparo em tudo à primeira, mas no momento em que reparo, é para sempre. Esta canção arrebata o sentimento, a perda, a morte. Não dando no entanto qualquer sensação extrema de negativismo...somos aquilo que somos, amamos como amamos, e vão morrer da mesma forma magnifica como nascemos. Ainda estou a sentir isto. Queria que mais pessoas sentissem. Obrigado.)

Cabe-nos saber se o que aí vem é vivo ou se é uma mentira...
Pode custar tentar sentir ou pensar...Mas mais vale agora
que estamos vivos, do que tarde de mais.
A tristeza e o ódio fazem-me sentir diferente
de quando amo e procuro felicidade...
Mas ambos me matam, na mesma medida, da mesma forma.
E apesar das feridas é difícil não abrir o coração outra vez,
e todos nós sentimos isso de certa forma. Todos...o que fazer?
E temos anjos, ou amigos, que nos tentam guiar, com uma voz doce,
e que nos tentam trazer para a nossa realidade, são a nossa
gravidade, puxando-nos para junto dos nossos sonhos,
Abrem-nos os olhos, e colocam as suas mãos dentro do nosso peito
e reanimam a chama do coração que se ia evaporando com ou sem razão...
E temos vozes venenosas, que nos querem de forma bem diferente...
Essas, se as deixarmos, levam-nos para onde quiserem...E nós, sem querer,
sem saber totalmente, vamos para o caminho mais fácil...
E nem sempre nos apercebemos daquilo que ficou para trás,
dessas não-histórias que ficaram por contar.
Mas eu voltei abrir o meu coração. E heis que volta essa sensação outra vez
que sinto aproximar-se como uma tempestade. Tão certa, tão forte,
Tão imensa.
Eu deveria ter chorado. E eu chorei. Mas não chorei sozinho.
E por debaixo dessas lágrimas todas as muralhas sucumbiram.
E foi então que olhei nos teus olhos
e o meu medo começou a dissipar-se,
Recordamos bons velhos momentos
e pensámos já noutros novos...
Mas afinal, é como se eu estivesse a morrer...
Eu já morri. Se não, morrerei...
Minha querida, não faz mal...está tudo bem.
Eu não me importo...

Estou demasiadamente ligado a ti, em sentidos e sensações que recordo,
Demasiado ligado a ti para me afastar verdadeiramente
Para não me preocupar mais contigo,
Para deixar de...eu só...
Em todos os dias que passam e que passaram
nunca deixei de te sentir, de te recordar,
Enquanto me tocavas...enquanto me mudavas.
E pouco ou nada importa o dano que se causou
Importa sarar e reforçar...Porque todos erramos
e todos causamos dor, por vontade ou sem querer.
Não deveríamos avaliar as coisas pela dor sentida
mas sim pela verdade da ternura e do nosso melhor que foi aplicado.
Sempre.

Eu vou morrendo da forma que tiver de ser.

1 comentário:

Joana disse...

Lindo, tão poético! Só te posso dizer que nem sei como é possível pensares, de vez em quando, que tens um monstro dentro de ti. Se assim fosse, como poderias brotar palavras tão genuínas, sentimentos tão em bruto como é o caso? Amei, está fantástico, faz pensar na letra e no seu sentido. Mais uma vez, objectivo alcançado (acho eu)! (: *

«E apesar das feridas é difícil não abrir o coração outra vez,
e todos nós sentimos isso de certa forma. Todos...o que fazer?» Eram muitas, mas quis escolher esta porque é uma verdade bem real, que tanto eu como tu conhecemos de perto.