quinta-feira, 29 de abril de 2010
Afinal quem são os doudos?
Há muito tempo que não comprava um livro para mim próprio. Já andava a namorar este há algumas semanas...Gostei da capa e li o seu resumo. Resumidamente é uma psicóloga que faz a sua observação de "malucos"\"doidos" da História portuguesa. Entre eles: Marquês de Pombal, D.Afonso IV, Antero de Quental, Fernando Pessoa. Achei desde logo interessante. E este livro está-se a revelar uma caixinha de surpresas. O único grande contra, é para alguém que é hipocondríaco (mesmo que de forma muito suave) este livro pode ser uma faca de dois gumes. Mas tirando isso, tudo muito bem. Este livro ajuda-nos a perceber realmente a loucura humana, e o sentido que esta também ajudou a grandes feitos portugueses. Em todas as personagens encontramos algo que nos faz suspirar, retrair, entristecer. Mas também: sorrir, pensar. Uma das primeiras frases marcou-me desde logo: quem neste mundo é o verdadeiro louco? O que se comporta como tal ou o que o classifica? Pois a realidade, e sejamos honestos, é que hoje em dia, mais do que no passado, dadas várias variantes, como os estudos médicos relacionados com a nossa mente, (muito deles apoiados em grandes filósofos), remetem à "dura" certeza que quase todos nós sofremos algum tipo de distúrbio mental. Está provado, que um em cada quatro portugueses sofre de um. Para os menos habituados a esta certeza devem estar preocupados, talvez aterrorizados, mas não fiquem. Estamos a falar por vezes de coisas muito pequenas, ou não, com tratamento ou até cura. Não é de todo o fim do mundo, pelo contrário. A minha mãe trabalha numa clínica psiquiátrica, e muitas são as histórias que absorvemos de casos de uma loucura enclausurada.
E remetendo para outra morada, quem não é louco de todo? Os infelizes. Por ser-se louco, noutros contextos, é arriscar, ousar, sentir. Como diz um poeta brasileiro: o amor é para se sentir e não para se compreender.
E acreditem, a loucura tem muitos níveis de facto. Podemos pensar também, que cada um vive a loucura à sua maneira.
É este um livro interessante e que aconselho, pelas razões descritas atrás e ainda porque: a escritora tem um à vontade contagiante na maneira com escreve e conta, tem uma carga histórica (tudo baseado em depoimentos, escritos, etc. , nada é inventado) repleto de acontecimentos já por nós conhecidos mas aprofundando assim como outros que desconhecíamos.
Quem é de facto o doudo? Possivelmente somos todos um pouco. Seja qual o nível, seja qual o "motivo".
Por mim vivo uma certa loucura. Mas e então?
"Quando dermos por nós temos, se formos a fazer tudo certo, dentro do manicómio estarão todas as pessoas...".
Eu sou doudo,
Tu és doudo e douda,
Nós somos doudos.
terça-feira, 27 de abril de 2010
Reflexão divina
(Ao que parece fui outra vez enganado...estou outra vez com os sonhos a marinar. De qualquer forma estou de volta.)
Neste domingo que passou fui ver o Clash of Titans, um filme que desde já digo que vale a pena ver, no entanto escusam de gastar dinheiro para o ver no cinema. Apesar do tamanho de certas criaturas ser bem mais interessante de ver em grande tela...no entanto, nem a história, assim como outros pontos (como os deuses do Olimpo, Zeus mais precisamente, estar vestido com algo que mais parece papel metálico, daquele usado na cozinha, facto que quase nos condena os olhos...), podem nos levar a ver o filme em casa. Foi este o filme que me falaram que me levou a começar o outro blogue mitológico.
No entanto, o maior contributo para a minha pessoa foi uma origem de pensamento novo. Claro que não mudei o meu Deus cristão, por outros deuses, apesar da situação ser deveras aliciante. Não.
O que me fez verdadeiramente pensar, foi no facto de atribuirmos certas acções de Deus, que não compreendemos, à Sua razão...e o filme, fez pensar numa outra solução.
Quantos de nós já vivemos situações muito más, desde momentos a perdas de pessoas que nos eram queridas? Para mim pensar que "chegou a sua hora", ou : "Deus precisou dele(a)", ou ainda: "Deus tem as suas razões", não me basta. Aliás revolta-me. Criou-nos tivesse dado inteligência e sabedoria para sabermos lidar com essas verdades divinas...
O que me fez pensar o dito filme, foi na hipótese, de mesmo Deus, poder talvez, e sem querer, cometer erros...Não estou ser anti-Cristo, e muito menos a provocar fúrias divinas, mas pode ser o caso de facto...Deus, ou outras identidades divinas ao Seu dispor (sejam lá quais forem) que tenham algum poder para mover forças nesta terra, estarem também elas, à mercê do erro. E talvez, quando não perdoamos quem lá manda em cima, pelas razões atrás escritas, talvez seja mais fácil perdoar, sabendo que foi um engano ou um erro...Mas não sei, não de todo a certeza. E quando não tenho certezas, apenas lanço ideias às pessoas e as faço pensar.
Neste domingo que passou fui ver o Clash of Titans, um filme que desde já digo que vale a pena ver, no entanto escusam de gastar dinheiro para o ver no cinema. Apesar do tamanho de certas criaturas ser bem mais interessante de ver em grande tela...no entanto, nem a história, assim como outros pontos (como os deuses do Olimpo, Zeus mais precisamente, estar vestido com algo que mais parece papel metálico, daquele usado na cozinha, facto que quase nos condena os olhos...), podem nos levar a ver o filme em casa. Foi este o filme que me falaram que me levou a começar o outro blogue mitológico.
No entanto, o maior contributo para a minha pessoa foi uma origem de pensamento novo. Claro que não mudei o meu Deus cristão, por outros deuses, apesar da situação ser deveras aliciante. Não.
O que me fez verdadeiramente pensar, foi no facto de atribuirmos certas acções de Deus, que não compreendemos, à Sua razão...e o filme, fez pensar numa outra solução.
Quantos de nós já vivemos situações muito más, desde momentos a perdas de pessoas que nos eram queridas? Para mim pensar que "chegou a sua hora", ou : "Deus precisou dele(a)", ou ainda: "Deus tem as suas razões", não me basta. Aliás revolta-me. Criou-nos tivesse dado inteligência e sabedoria para sabermos lidar com essas verdades divinas...
O que me fez pensar o dito filme, foi na hipótese, de mesmo Deus, poder talvez, e sem querer, cometer erros...Não estou ser anti-Cristo, e muito menos a provocar fúrias divinas, mas pode ser o caso de facto...Deus, ou outras identidades divinas ao Seu dispor (sejam lá quais forem) que tenham algum poder para mover forças nesta terra, estarem também elas, à mercê do erro. E talvez, quando não perdoamos quem lá manda em cima, pelas razões atrás escritas, talvez seja mais fácil perdoar, sabendo que foi um engano ou um erro...Mas não sei, não de todo a certeza. E quando não tenho certezas, apenas lanço ideias às pessoas e as faço pensar.
terça-feira, 20 de abril de 2010
domingo, 18 de abril de 2010
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Alguma coisa tem de mudar - (..) (..)
E por alguma razão desta vez............................................................................................................................................................................................................................................................................................................estou..................................................................
...............................................a demorar-me.
...............................................a demorar-me.
terça-feira, 12 de Agosto de 2008 : Estado de elevação
(Eu de facto sou uma pessoa fantástica...[11/04/2010)
Mergulho de olhos abertos
Nesse teu mar profundo,
Respiro-te e sou, dentro do teu eu,
Uma faísca de egocentrismo.
Lutar por alguém
É a melhor prova que
Somos humanos.
Não procuro facilidade
nesta luta porcelana frágil,
Atingir o inantigível
é a minha aproximação a ti.
Por vezes não percebemos
que esta luta não é
por alguém que nos ilumina o dia;
É sim o melhor de cada
Estação do ano,
Porque luto por cada momento
que estou contigo,
Por isso luto pelo teu amanhecer.
Mergulho de olhos abertos
Nesse teu mar profundo,
Respiro-te e sou, dentro do teu eu,
Uma faísca de egocentrismo.
Lutar por alguém
É a melhor prova que
Somos humanos.
Não procuro facilidade
nesta luta porcelana frágil,
Atingir o inantigível
é a minha aproximação a ti.
Por vezes não percebemos
que esta luta não é
por alguém que nos ilumina o dia;
É sim o melhor de cada
Estação do ano,
Porque luto por cada momento
que estou contigo,
Por isso luto pelo teu amanhecer.
sábado, 10 de abril de 2010
Cavaleiro do Apocalipse
"Estás a falar comigo?!" (não temas dizer a verdade...)
(hesitação) "Sim..."
"Bem-vindo a casa filho..."
Conta-me, a experiência de vida que tenho, em já vinte e três Primaveras, contando ainda contar pelo menos vinte e três Invernos, que o tudo pode vir do nada, mas jamais, o tudo pode desaparecer do nada, e para o nada. Fixem bem as minhas palavras...eu raramente me engano. E é isso o que mais faz feridas...Sofram ou aprendam de uma vez por todas com as minhas certezas, que vos chateiam e vos frustram, ou ainda vos indignam...até se provarem ser certas como a morte.
"Consciente do objectivo: destruir tudo o que possa ser destruído."(DLM)
Gastei tempo na criação do meu próprio caminho
tentei porém não faze-lo sozinho. Tentei aprender com
os sinais do destino, não tentei ser inteligente, tentei ser
sábio e aprender com os erros dos outros. Em vão...
É preciso sofrer na pele, desiludir a alma...
Sonho nas linhas mas actuo na vida real. É isso que nos distingue.
Consciente de uma capacidade destrutiva trágica, uma fome
por destruição maciça, direccionada para homens e mulheres,
de tudo o que foi construído com amor e carinho e dedicação.
Pais, podem contar comigo. Estou à vossa disposição.
Cegamente, sem amor no coração que me possa fazer fraquejar.
Apenas alimento-me e alicerço-me no ódio, ou no vazio
para aqueles que preferem este termo...
Sou fogo que arde de forma visível,
Uma calamidade em plena Terra.
Sou duradouro, e espero que chegue a minha hora,
A hora de todos os tempos, oportunidades,
de todos os sentimentos, vividos de todas as formas.
Caminha até mim,
Depois de nada ter acontecido
tudo será diferente,
Apenas não me ignores
nem fujas para longe...para tão longe.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
quinta-feira, 8 de abril de 2010
De fora para dentro, branco no preto
"És deste planeta?"
Boa pergunta...
Sempre gostei de observar tudo à minha volta. Tudo. Mas principalmente as acções humanas. A capacidade do ser humano de cometer sempre as mesmas falhas, desde os primórdios da sua existência. Por isso, se por um lado sorrio ao ler, por exemplo, o sermão do padre António Vieira, por ser uma leitura de uma realidade ainda tão actual, por outro fico triste ao constatar que os erros que cometíamos, são ainda hoje os mesmos. Adoro ser um ser humano. Pelo menos sempre tenho algo com o que me entreter. Terei de facto?
Existe uma característica que gosto de ver em mim. É algo que talvez não seja tão antigo quanto isso, mas a verdade é que tenho vindo a melhorar com o tempo. Existem dois tipos de pessoas: as realistas e as tristes.
Alguns deverão estar a sorrir...mas não tão cedo. O que aqui escrevo como realistas são as tidas sonhadoras (um adjectivo escolhido pelos tristes, como compreenderão). As pessoas que sonham não sonham por sonhar. Um sonho é um projecto mental de uma ideia boa que deverá ter como única função levar a pessoa à sua concretização. É o meu género de pessoa.
Depois existem os tristes, os que tentam sorrir, para encobrir a tristeza. Na maioria dos casos são sonhadores frustrados...mas existem ainda os que preferem não "sonhar".
Sabem o que me mais me entristece? Ver alguém não tentar ser feliz por medo da felicidade. Mas que pena. Mas que mundo este? Que pessoas?
Conheço alguns casos destes. Alguns acabaram bem, outros nem por isso.
Lembrei-me de isto tudo, um dia destes, por estar num lugar especial. Onde estive eu?
É complicado sentirem isto, sem o viverem. Se estiverem no campo nunca conseguirão ver as duas faces da moeda, assim como nunca verão se estiverem na cidade. A vida tem destas coisas: duas realidades. Mas apenas uma verdade e uma mentira. Opostos.
Se estivermos em Lisboa, em certas zonas de Benfica, conseguimos ver ao longe Monsanto (os pulmões de Lisboa), no entanto não passa de um ponto verde. Não o sentimos na sua totalidade.
...Mas. Se estivermos em Monsanto, temos uma vista e uma sensação, muito mas muito agradável. Eu descrevo: estamos no centro do verde, (sim eu sei, não é o mesmo que o campo ou a floresta) no entanto é um verde bem composto, por assim dizer. Temos o cheiro a terra, flores, árvores. O seu cheiro e pequenas sinfonias são repousantes. Para quem vive na cidade a sensação é de libertação e paz. Onde quero eu chegar? Que descobri então como dar um beijo suculento entre a cidade e o campo: estamos rodeados de verde, de toda uma paz, mas sem esquecer toda uma bela cidade que se abre no nosso panorama, gigante, cheia de movimento, viva. Tudo isto, tudo isto ao mesmo tempo. Que pequeno milagre fui eu encontrar não concordam?
Sou deste planeta? Sim e não. A parte do sim é óbvia...sou um ser humano, com os meus alguns defeitos e as minhas algumas qualidades. Tenho um corpo, uma alma, um ser pensante. Tudo isso e muito mais e não só. A parte do não...
Estou a sorrir, mesmo sem querer.
Ninguém é feliz sem sonhar. Um sonhador não é feliz se nunca arriscar fazer.
Se alguma vez questionarem a origem planetária de alguém de forma positiva então agarrem-na, podem estar perante alguém de um planeta muito especial.
A minha sugestão, quando tiverem tempo: caminhem até Monsanto, sentem-se, sozinhos ou acompanhados, (se forem acompanhados levem uma boa companhia) e vejam como duas coisas tão dispares podem estar tão ligadas e perfeitamente ligadas. Tudo tem solução, menos a morte(?).
Boa pergunta...
Sempre gostei de observar tudo à minha volta. Tudo. Mas principalmente as acções humanas. A capacidade do ser humano de cometer sempre as mesmas falhas, desde os primórdios da sua existência. Por isso, se por um lado sorrio ao ler, por exemplo, o sermão do padre António Vieira, por ser uma leitura de uma realidade ainda tão actual, por outro fico triste ao constatar que os erros que cometíamos, são ainda hoje os mesmos. Adoro ser um ser humano. Pelo menos sempre tenho algo com o que me entreter. Terei de facto?
Existe uma característica que gosto de ver em mim. É algo que talvez não seja tão antigo quanto isso, mas a verdade é que tenho vindo a melhorar com o tempo. Existem dois tipos de pessoas: as realistas e as tristes.
Alguns deverão estar a sorrir...mas não tão cedo. O que aqui escrevo como realistas são as tidas sonhadoras (um adjectivo escolhido pelos tristes, como compreenderão). As pessoas que sonham não sonham por sonhar. Um sonho é um projecto mental de uma ideia boa que deverá ter como única função levar a pessoa à sua concretização. É o meu género de pessoa.
Depois existem os tristes, os que tentam sorrir, para encobrir a tristeza. Na maioria dos casos são sonhadores frustrados...mas existem ainda os que preferem não "sonhar".
Sabem o que me mais me entristece? Ver alguém não tentar ser feliz por medo da felicidade. Mas que pena. Mas que mundo este? Que pessoas?
Conheço alguns casos destes. Alguns acabaram bem, outros nem por isso.
Lembrei-me de isto tudo, um dia destes, por estar num lugar especial. Onde estive eu?
É complicado sentirem isto, sem o viverem. Se estiverem no campo nunca conseguirão ver as duas faces da moeda, assim como nunca verão se estiverem na cidade. A vida tem destas coisas: duas realidades. Mas apenas uma verdade e uma mentira. Opostos.
Se estivermos em Lisboa, em certas zonas de Benfica, conseguimos ver ao longe Monsanto (os pulmões de Lisboa), no entanto não passa de um ponto verde. Não o sentimos na sua totalidade.
...Mas. Se estivermos em Monsanto, temos uma vista e uma sensação, muito mas muito agradável. Eu descrevo: estamos no centro do verde, (sim eu sei, não é o mesmo que o campo ou a floresta) no entanto é um verde bem composto, por assim dizer. Temos o cheiro a terra, flores, árvores. O seu cheiro e pequenas sinfonias são repousantes. Para quem vive na cidade a sensação é de libertação e paz. Onde quero eu chegar? Que descobri então como dar um beijo suculento entre a cidade e o campo: estamos rodeados de verde, de toda uma paz, mas sem esquecer toda uma bela cidade que se abre no nosso panorama, gigante, cheia de movimento, viva. Tudo isto, tudo isto ao mesmo tempo. Que pequeno milagre fui eu encontrar não concordam?
Sou deste planeta? Sim e não. A parte do sim é óbvia...sou um ser humano, com os meus alguns defeitos e as minhas algumas qualidades. Tenho um corpo, uma alma, um ser pensante. Tudo isso e muito mais e não só. A parte do não...
Estou a sorrir, mesmo sem querer.
Ninguém é feliz sem sonhar. Um sonhador não é feliz se nunca arriscar fazer.
Se alguma vez questionarem a origem planetária de alguém de forma positiva então agarrem-na, podem estar perante alguém de um planeta muito especial.
A minha sugestão, quando tiverem tempo: caminhem até Monsanto, sentem-se, sozinhos ou acompanhados, (se forem acompanhados levem uma boa companhia) e vejam como duas coisas tão dispares podem estar tão ligadas e perfeitamente ligadas. Tudo tem solução, menos a morte(?).
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Um pedaço da minha "dor"
Desta vez trago-vos um pedaço da minha "dor". Um espelho cem por cento credivel da minha alma. E apesar de compreender o sujeito poético, e apesar de por vezes, em alturas menos saudaveis para a alma também eu querer estar sozinho, a realidade é que só não me reflicto neste poema nessa pequena condição: querer e fazer por estar sozinho. Não sou assim, nem quero ser, há coisas que nunca mudam.
Desta vez fiz um favor a todos...ninguém me estará a comentar, quem comentar este texto pode dizer o que este poema lhe diz ou faz sentir. Não se escondam, eu sei que estão aí, como sempre.
Gozem desta revolta magnifica, do melhor poeta português(na minha opinião) de todos os tempos. Sintam-se e evoluam.
(se quiserem sentir a revolta por mim lida, terão acesso à minha leitura deste poema. Nunca nada me soube tão bem sentir e ler não sendo meu.)
Por Àlvaro de Campos (um dos Fernandos Pessoa):
LISBON REVISITED (1923)
Não: não quero nada.
Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.
Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafisica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!)
Das ciências, das artes, da civilização moderna!
Que mal fiz eu aos deuses todos?
Se têm a verdade, guardem-na!
Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.
Com todo o direito a sê-lo, ouviram?
Não me macem, por amor de Deus!
Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?
Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja de companhia!
Ó céu azul o mesmo da minha infância ,
Eterna verdade vazia e perfeita!
Ó macio Tejo ancestral e mudo,
Pequena verdade onde o céu se reflecte!
Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.
Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!
Desta vez fiz um favor a todos...ninguém me estará a comentar, quem comentar este texto pode dizer o que este poema lhe diz ou faz sentir. Não se escondam, eu sei que estão aí, como sempre.
Gozem desta revolta magnifica, do melhor poeta português(na minha opinião) de todos os tempos. Sintam-se e evoluam.
(se quiserem sentir a revolta por mim lida, terão acesso à minha leitura deste poema. Nunca nada me soube tão bem sentir e ler não sendo meu.)
Por Àlvaro de Campos (um dos Fernandos Pessoa):
LISBON REVISITED (1923)
Não: não quero nada.
Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.
Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafisica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!)
Das ciências, das artes, da civilização moderna!
Que mal fiz eu aos deuses todos?
Se têm a verdade, guardem-na!
Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.
Com todo o direito a sê-lo, ouviram?
Não me macem, por amor de Deus!
Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?
Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja de companhia!
Ó céu azul o mesmo da minha infância ,
Eterna verdade vazia e perfeita!
Ó macio Tejo ancestral e mudo,
Pequena verdade onde o céu se reflecte!
Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.
Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!
terça-feira, 6 de abril de 2010
Indefenição
A melhor pessoa dirá : Deixa ir
E a melhor pessoa também me dirá: Não desistas já.
Mas o tempo vai passando, e já parece tanto, apesar de nunca dever ter passado.
Hmmm.......................
Os pés estão assentes na terra. Mas nada mais. E mesmo assim...
E a melhor pessoa também me dirá: Não desistas já.
Mas o tempo vai passando, e já parece tanto, apesar de nunca dever ter passado.
Hmmm.......................
Os pés estão assentes na terra. Mas nada mais. E mesmo assim...
domingo, 4 de abril de 2010
O que estás a fazer?
Acabo por te imaginar mais vezes do que devia.
Nas horas. Nas nossas rotinas, se lhes podermos chamar assim...
Quase vazio.
Nas horas. Nas nossas rotinas, se lhes podermos chamar assim...
Quase vazio.
sábado, 3 de abril de 2010
(a minha) Fúria divina
Nota do escritor:
Pensava eu que tinha mais em que pensar, mais com o que me entristecer, (e tenho de facto), mas esta realidade, tão triste quanto eu, obrigou-me a por de parte o meu egocentrismo(algo que não faz parte da minha pessoa) miserável, para desabafar sobre um caso ainda mais importante que eu...(muitas reticencias...). São assuntos como este que me fazem duvidar da natureza monstruosa que existe em mim. Sem dúvida. São assuntos como estes que me fazem "arrepender" de me ter subjugado à vossa Igreja, noutros tempos. É certo que o Diogo era outro, mas mesmo assim...Agora, revoltado e renascido, iluminado e pela vida vencido, nada me resta, senão erguer-me muito algo e fazer-vos chorar. Que as minhas palavras queimem ou ajudem a queimar. E que eu consiga, como outros já conseguiram, destruir. E se por algum momento duvidarem da natureza da minha escrita, dos meus apontamentos, leiam os meus argumentos do lado direito...tudo fará, outra vez, mais sentido.
"Uma vez por ano ajoelham-se até Fátima, mas no resto do tempo põem a malícia em prática..."
"O que escondem com as asas é macabro..." (ambos por IM)
Não é preciso dominar conhecimentos sobre a minha pessoa para saber que uma das coisas que mais detesto neste mundo é a dita e famosa hipocrisia. Poderão então imaginar a minha fúria ao me defrontar com hipocrisia em massa...
Se me tiver de assumir monstro assim o farei. Mas o que me custa ver são monstros camuflados de seres superiores, perfeitos, Messias dos tempos modernos (sem qualquer tipo de "autorização"), seres que inundam sabedoria e razão. Tudo isto é claro: supostamente. Olhando a História não é difícil encontrar falhas em todas estas supostas qualidades.
E a carne é fraca. E tudo são tentações...Pois então somos humanos. Mas vocês dizem não o ser, e a vossa arrogância acaba por cair por terra, ao cometerem os piores dos erros, ou se quiserem, falando na vossa linguagem (que vocês próprios não compreendem, possivelmente muito menos que eu): os piores pecados.
Não é a primeira vez, (e se Deus quiser esta não será a última), que me revolto com vocês. Não é novidade, e já não o escondo há alguns anos: vocês são o meu ódio de estimação. Católicos. Os seres minúsculos. Os louva-a-eles-próprios.
Desde de matar para espalhar a fé(uma fé forçada a sangue, sofrimento e morte), desde de matar para impor respeito, desde matar para dissuadir quem quer pensar por si próprio(falo de cientistas que apenas queriam chegar mais longe)...Desde de proibição de livros serem lidos...Continuo-me a interrogar: Porquê? Esse vosso medo de alguns, mais inteligentes, mais sóbrios, conseguirem abrir os olhos, faz-vos tomar medidas infantis e medíocres...Meu Deus, tal é o desespero. E agora, nos dias que correm, descobre-se, sem grande dificuldade, que também vocês pecam...(que novidade - tom sarcástico na minha escrita!). E pecam de forma ousada. É óbvio que isto não é algo recente...apenas foi agora descoberto. Pedofilia, homossexualidade, o saciar da vontade carnal...tudo contra o qual vocês lutam. Afinal de contas, quem é afinal o monstro?
Mas ainda querem continuar a "encaminhar"(triste ilusão) o vosso povo. Não é o povo de Deus, é o vosso povo. Alguns dão a cara, envergonhada, quase que arrependida, e perdem perdão. Como se tudo isto não bastasse ainda descobrimos que sua santidade na terra (não sei porque quem eleito ou o porquê da sua eleição) sabia de casos desta natureza negra e que os ocultou. Tantas mentiras...
Não vos censuro por serem humanos(apesar de esse humanismo ser tudo menos de um ser humano saudável) mas por se intitularem, como sempre, pessoas de um nível superior. Mas superior a onde? Eu vejo-vos cá de cima, e eu que sou tão pequeno, em todos os níveis. No entanto, vejo-vos...
A carne é fraca. E vocês mais fracos são. Tantas mentiras...
Para quem se quiser informar, também não é complicado, o Vaticano é das instituições(senão a primeira) mais ricas do mundo...Não queridos leitores, isto é tudo menos uma piada religiosa ou de mau gosto. Chama-se, na minha linguagem, uma verdade dolorosa. Riqueza, luxúria...Meu Deus.
Eu só me rio um pouco ao pensar: foi Deus que vos pediu tudo isto?
Não. Vocês já estão por vós próprios. Numa quase-luta com Deus. Vocês não vivem e lutam por Deus, nem são Deus na terra. Apenas se servem Dele.
Já se faz tarde. Estou cansado e preciso de descansar...mesmo que me falte felicidade nisso. Mas é a vida. Até mais tarde. Obrigado, e se for o caso: de nada.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Sober (parte seis e última(para já e porque sim))
Viaja comigo. Esta é a hora em que o Homem domina a máquina e o ódio.
Não ignorem, tentem compreender, sem esforço nada se faz. "Só te peço um pouco de fé"...depois tudo faz sentido.
Já me disseram que a minha escrita por vezes faz lembrar Fernando Pessoa. Não posso deixar de sorrir de contentamento e de estupidez. Mas agradeço o elogio. Mas não. Muito terei de caminhar, se mesmo assim for possível, para lá perto chegar. Álvaro de Campos é o meu ídolo poeta português. Por isso a minha escrita é muito ao de leve inspirada na sua escrita. É impossível sair-se indeferente. Sejamos humanos por uns segundos, ou uns momentos, o que vos fizer dormir melhor durante a noite. Quando poder colocarei aqui o meu poema preferido de Álvaro de Campos. Espero que gostem.
No entanto, e só por hoje, vou-me consolar com uma das melhores músicas, de todos os tempos, onde o cinzento se mistura com o negro...e se soubermos usufrir desta mistura, conseguimos entrar na luz. É difícil. Muito. Eu mesmo raramente passo dessa mistura, deixando-me embalar pela angústia da impotência, pela frustração, pela minha saudade. De que vale viver sem sofrer? Nem pareço eu a falar. Mas sou. Assustado. Já não sei até que ponto serei de facto um monstro. O que me rodeia, os que me rodeiam parecem tão pior, tão enraizados na sua miséria, no seu silêncio, na sua falta de fome. Já não sei nada...talvez nunca o tenha sabido de todo. E talvez seja por isto tudo, e não só, que a minha irmã não gosta que eu ouça esta música...não a censuro, apesar de ela reconhecer a sua beleza. Todos nós temos as músicas que no levantam e nos ambalam para o "mal". Esta para mim é uma mistura. Que tristeza...partilho com vocês o meu sentimento, neste momento menos total, e com vocês esta música...espero que em todos vós a repercussão não seja igual à minha...
Vou-me embora:
isto já não é pensamento, é sofrimento!
(quem me dera conseguir, por mim mesmo escrever tão bem. Captar o transtorno do mundo. Continuarei a tentar...Já me conhecem ou não? Pois então conheçam!)
(o verdadeiro Sober (da minha ferramenta)) :
"There's a shadow just behind me
Shrouding every step I take
Making every promise empty
Pointing every finger at me
Waiting like the stalking butler
Whom upon the finger rests
Murder now the path called "must we"
Just because the Son has come.
Jesus, won't you whistle
Something but what's past and done?
Jesus, won't you whistle
Something but what's past and done?
I am just a worthless liar
I am just an imbecile
I will only complicate you
Trust in me and fall as well
I will find a center in you
I will chew it up and leave
I will work to elevate you
Just enough to bring you down.
Trust me
Trust me
Trust me
Trust me
Trust me
Why can't we not be sober?
I just want to start this over
Why can't we sleep forever?
I just want to start this over.
I want what I want
I want what I want
I want what I want
I want what I want!
(Saltei algumas repetições.)
Sim, continuo a querer aquilo que eu quero.
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