quinta-feira, 1 de abril de 2010
Sober (parte seis e última(para já e porque sim))
Viaja comigo. Esta é a hora em que o Homem domina a máquina e o ódio.
Não ignorem, tentem compreender, sem esforço nada se faz. "Só te peço um pouco de fé"...depois tudo faz sentido.
Já me disseram que a minha escrita por vezes faz lembrar Fernando Pessoa. Não posso deixar de sorrir de contentamento e de estupidez. Mas agradeço o elogio. Mas não. Muito terei de caminhar, se mesmo assim for possível, para lá perto chegar. Álvaro de Campos é o meu ídolo poeta português. Por isso a minha escrita é muito ao de leve inspirada na sua escrita. É impossível sair-se indeferente. Sejamos humanos por uns segundos, ou uns momentos, o que vos fizer dormir melhor durante a noite. Quando poder colocarei aqui o meu poema preferido de Álvaro de Campos. Espero que gostem.
No entanto, e só por hoje, vou-me consolar com uma das melhores músicas, de todos os tempos, onde o cinzento se mistura com o negro...e se soubermos usufrir desta mistura, conseguimos entrar na luz. É difícil. Muito. Eu mesmo raramente passo dessa mistura, deixando-me embalar pela angústia da impotência, pela frustração, pela minha saudade. De que vale viver sem sofrer? Nem pareço eu a falar. Mas sou. Assustado. Já não sei até que ponto serei de facto um monstro. O que me rodeia, os que me rodeiam parecem tão pior, tão enraizados na sua miséria, no seu silêncio, na sua falta de fome. Já não sei nada...talvez nunca o tenha sabido de todo. E talvez seja por isto tudo, e não só, que a minha irmã não gosta que eu ouça esta música...não a censuro, apesar de ela reconhecer a sua beleza. Todos nós temos as músicas que no levantam e nos ambalam para o "mal". Esta para mim é uma mistura. Que tristeza...partilho com vocês o meu sentimento, neste momento menos total, e com vocês esta música...espero que em todos vós a repercussão não seja igual à minha...
Vou-me embora:
isto já não é pensamento, é sofrimento!
(quem me dera conseguir, por mim mesmo escrever tão bem. Captar o transtorno do mundo. Continuarei a tentar...Já me conhecem ou não? Pois então conheçam!)
(o verdadeiro Sober (da minha ferramenta)) :
"There's a shadow just behind me
Shrouding every step I take
Making every promise empty
Pointing every finger at me
Waiting like the stalking butler
Whom upon the finger rests
Murder now the path called "must we"
Just because the Son has come.
Jesus, won't you whistle
Something but what's past and done?
Jesus, won't you whistle
Something but what's past and done?
I am just a worthless liar
I am just an imbecile
I will only complicate you
Trust in me and fall as well
I will find a center in you
I will chew it up and leave
I will work to elevate you
Just enough to bring you down.
Trust me
Trust me
Trust me
Trust me
Trust me
Why can't we not be sober?
I just want to start this over
Why can't we sleep forever?
I just want to start this over.
I want what I want
I want what I want
I want what I want
I want what I want!
(Saltei algumas repetições.)
Sim, continuo a querer aquilo que eu quero.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Grande música, grande poeta. Grande, tu. Mas apesar de tudo isso, se às vezes não deixares escoar a raiva, ela vai-se apoderar de ti, até já não restar nenhum tipo de sentimento bom. Apesar de isso, na altura, parecer certo, parecer bom e saudável, mais tarde vir-te-ás, muito provavelmente, a arrepender, por isso, de vez em quando, ouve uma música alegre, sorri, aprecia o sol a bater-te na cara, e dança um bocado, se for preciso. :)
Enviar um comentário