Perguntaste-me certo dia
Até que ponto era eu real.
Disse-te que não bastava
O facto de existir, de estar
Nesse momento a olhar-te nos olhos
E a dizer-te ditos de amor.
Ficas-te sentada a olhar
Para mim, sorris-te
E fizeste-me o elogio mais
Original que me fizeram até hoje.
Disseste-me que tinha um aspecto confortável.
Ri-me e disse-te que a melhor
Prova de que existia
Era contar-te tudo o que já tinha sido,
Tudo o que era e tudo o que queria ser.
Acrescentei ainda, que seria desde logo
Mostrar-te todas as qualidades e defeitos meus.
E que contigo, se eu de facto existisse,
Devia abusar das minhas qualidades
E acalmar desde logo os meus defeitos.
Ficas-te satisfeita com a resposta
E continuamos a conversar.
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