quinta-feira, 31 de julho de 2008
Perdidos
Tento ao contrário dos outros
Não viver segundo o meu passado.
As pessoas gostam de se alimentar
Do passado e de por ele serem consumidas.
Recordar é para os velhos…
Mesmo admitindo que o passado guarda
Mensagens importantes,
E mesmo sabendo que o passado por vezes
Alicerça o presente,
A verdade é o que passado
Já passou.
Por isso encontro-me perdido
Como poemas meus literalmente
Perdidos em vários locais do meu pequeno quarto.
Sei que estão algures, mas não sei onde.
E o que mais me entristece é saber que
Deixarei de os procurar mesmo sabendo
Que estão lá…
Julgam-se os mesmos que conquistaram
Os oceanos e os mesmos que resistiram
Aos franceses de Napoleão.
Raça dura e pura num mundo de ingratidão…
Esses eram os vossos antepassados,
Agora a história é outra.
Essa razão que trazes
Trancada na garganta,
Essa vontade que te move
Os pés parados,
Essa emoção que te comove
Por não se concretizar,
Tudo isso?
Seria mais que suficiente
Para te fazer vencer
O presente do difícil
Cabo Bojador.
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