quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Ad animum ( III )

Chegamos ao mundo
das profundezas do anônimo,
e por vezes a única
tentativa de tocarmos
a apoteose está escrita
no nome que nos dão,
forçando o destino
a reconhecernos.

O cordão umbilical é cortado,
a saúde é louvada,
Começa a vida.

Alcançar a verdade é fácil
difícil é compreende-la
e aceitá-la.
Caminhamos agora sobre pó e cinzas,
(Chegará a nossa hora também),
sem nos lembrarmos do que as
forjou, ao que pertenciam.

Um número ou um nome
ou uma impressão digital.

Reduz-se o importante ao
tamanho de pó e cinzas
(Chegará a nossa hora de o ser também),
E a vida passa, como todas
as outras. Marca só existe uma, na
essência humana: para o anônimo retornamos. 

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