Um grande sacrifício por um bem (tão) menor.
Tanto por tão pouco, envelhece o sol
só depois de muito tempo;
As memórias foram rasgadas,
escolhidas para serem perdidas,
talvez alguém as esqueça.
Dança a dor, em forma de serpente,
serpenteando cada membro do corpo humano,
até chegar à boca...
a Morte é o fim, e nada mais resta,
só por hoje, só para sempre.
Chega à boca, finge fugir para fora
do alcance, Porque o controlo dos
pensamentos não é nosso,
porque o coração engana
o inocente e o culpado.
Poderás deixar tudo para trás? Porque
não podes lá voltar, nunca mais...
Tem de ser deixado, mesmo não se
podendo voltar.
Existirá desta vez uma terceira
face da moeda? um Terceiro olho?
uma aresta na esfera?
Porque é só isso,
pequena obra prima, como tantas outras,
só que única, desde sempre até sempre
perfeita... e Não é só agora, depois
de tanto e de tão pouco, sem felicidade aplicada
à realidade, que penso assim.
Mais perto, onde o perfume magoa
os olhos de tanta loucura,
onde o sangue atinge a seiva
da árvore com a raiz mais profunda.
a faca desce, - verdades dessas,
certezas pouco provadas ou incompletas,
são um ferir rápido, são um ferir fácil,
estou onde estou, não onde devo estar,
como outro, como outrora,
Preciosa Criatura Sacrificada - Por Um Bem - Menor.
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