na dura entrega à luta
pelo nascimento da criança,
foi o despertar das trevas;
donde sonhos e expectativas
passaram a derrotas e apatias,
sem nunca dar luta, oferecendo sempre tréguas.
na dura balança,
onde a evolução não avança nem cresce,
onde a frustração pesa de mais
pois a perfeição é algo que não se alcança.
E o movimento fica preso e parado,
o medo sufoca o possível, o que sempre foi possível,
por uma lava que corre nas veias de cada orgão
por uma alma que não tem descanso
mas que nunca se cansa.
Não importa o calor que aquece as três faces
da moeda; o frio que invade por de baixo da pele
que penetra carne e atinge o imaterial,
é um amar sem verdadeira entrega
nem sequer é amor,
é um matar sem consciência mas com rancor,
nem sequer é morte.
Afastar o sol ou abraça-lo
é tudo o mesmo;
é escolher entre o horror sincero das trevas
ou o verdadeiro queimar intenso
que para com a destruição não dá tréguas.
Nasce o dia.
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