segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A luz da noite

Tentei esconder-me na luz...
Fiz um esforço enorme para respirar tudo menos trevas.
Talvez neste imenso mar negro tenha tentado encontrar
uma ilha onde pensei poder fugir à escuridão...
(Mas foi em vão)
Ainda não chegou o momento que tanto tenho esperado...
Depressa nesta pequena ilha, que se avistava como
um oásis de claridade, começou a aparecer um nevoeiro
já por mim conhecido...e não é com alegria
que o vejo reaparecer como um amigo à muito perdido...
Às vezes acabamos por nos esconder, camuflar na luz
quando na verdade ainda somos trevas...Mais uma tentativa
falhada.
É este mundo que promete tudo, e são estas pessoas que não
fazem nada...
É este movimento preso, esta inércia pesada...
Tudo agarrado e bem preso como se se tratasse
de pedras na calçada...
Volto a mergulhar neste mar, este mar que conheço já tão bem,
Sempre preparado a sentar-me em ilhas que pareçam
sempre mais do que aquilo que são...
Esta é a vida, a vida que existe...Promessas,
vazios, não-histórias...Até que se encontre
a verdadeira ilha de claridade
no quase infinito de trevas.

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