sábado, 4 de julho de 2009

Eulogy


(Continuação de http://versologista.blogspot.com/2009/04/tool.html)

'Tenho que lembrar-me sempre, e aos que mais gosto, que por muito útil que uma ferramenta seja, de nada vale senão a soubermos usar ou senão soubermos para que o serve.'

"Lying to my self again..."(APC)

De nada me valem as ferramentas que uso
senão as utilizar com razão e engenho,
Fazer sem prazer, sem chama intensa
é tão inútil como esperar por algo que não vem realmente.

Tenho um sorriso aberto para quem o mereceu,
Uma gargalhada sentida para ideia mais fútil,
Um olhar de pena para o mendigo que nem sempre posso auxiliar.
Um sorriso cínico para quem não gosto,
Um cara desagradavel para quem não tolero,
Uma distância para quem já não respeito.

Sou eu, eu a pessoa que sou,
Pensador de futilidades como de verdades que não percebo,
Companhia para horas más e boas,
Zombador de situações reais e mais infantis,
Sonhador que tentar actuar,
Escritor que tentar escrever.

Por vezes olhos-côr-de-raiva, outras vezes de compreensão,
Ou um olhar de ternura, de um amor sem compensação,
Mas mesmo assim é entregue,
Nada a perder até prova em contrário.

Sou o que sou, e não o que é suposto ser,
Uns gostam, outros não.

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