domingo, 13 de julho de 2008

Pequenos deuses


Caminhamos neste mundo
Incertamente fabuloso,
Arrastando os pés
Olhando para o chão
Sacudindo o pó da desgraça
Dos ombros culpados.

Preferimos observar
Sentados no conforto
As batalhas que são travadas.
Temos a espada guardada
Já pelo tempo enferrujada.
A covardia sorri-nos
No rosto exausto de esperar.

Não sei por quem esperas
A história não se faz esperando.
Não é a revolução
Não é o quinto império,
És tu, pequeno deus,
Que deves erguer o corpo
Olhar o horizonte
E deixar arder a raiva de guerreiro.
Eu ergo a espada
E limpo a ferrugem usado-a.

Sem comentários: