Absorto na impaciência paciente que aprision'almas
São tantos os monstros que aí se arrastam,
De olhos calmos escondendo as negras chamas,
Mas são mais os que que como fantasmas
amaldiçoam, penetram sonos e sonhos,
Amordaçando-nos em pesadelos.
São tantos, mas poucos os que admitem,
Quando nada mais sobra, dentro de quatro paredes,
Com vários espelhos apontados ao mesmo,
Só aí o sorriso da maldade entristece a realidade.
Monstruosidade moldada a ferros quentes,
polida a gelo, fertilizada por más condutas ditas superiores,
Falsas raízes, verdades trocadas,
Sabedoria errada.
Antes de fugires, tenta ajudar,
Antes de ferires, antes de apontares ao calcanhar de Aquiles,
Esforça-te por ser melhor sem covardias, sem atalhos,
reflecte nesses ensaios sobre a cegueira,
(que não sejam razão de poeiras e cinzas lançadas),
Não há limite para quem acredite,
Faz neste palco o que fazes nos bastiadores.