Semeio tempestades
para que possa colher destruições.
Totais e sinistras são as canções
que embalam essas gentes quase mortas,
desgastadas de todo o sol
que as tornou cegas - e agora sofrem
entregues à escuridão.
Em nome dos pais,
dos filhos, e dos restantes em que podem
ou não acreditar.
O mental sonha controlar o físico,
mas mais cedo do que mais tarde
é por ele demolido;
sem aviso, sem cálculo para uma margem
confortável que evite um pouco mais essa dor,
Destrói-se o sonho e a morte é inevitável.
Alguns, de inocência forjada,
Podem alegar que desconheciam as consequências...
Não importa mais,
As sementes foram lançadas
E todos, com ou sem culpa,
Acabarão por as colher.
domingo, 20 de outubro de 2013
domingo, 13 de outubro de 2013
SkyFall
Deixem o Céu cair em plena terra
desabando o que dela restava
Atingindo as profundezas do maldito.
Tudo já se encontra à mesma altura
à mesma distancia, no mesmo círculo imperfeito.
Dito e feito, que tudo o que são palavras
se deixem soltar nas trevas de uma infância
que descalça os pés pronto para caminhar sobre
pó e cinza...Que tudo se deixe queimar,
Por quem tem a coragem de apontar um caminho,
Uma solução, um futuro melhor.
É este o sabor do início do fim,
Do conjugar do que já está conjugado à muito,
que o Céu caia, que a criatura humana trema
com o tremer do chão, da sua identidade,
Da sua prepotência, da sua arrogância,
Que se revele o interior verdadeiro, a mediocridade,
Que a cidade se transforme novamente
em terra e buracos, onde pequenas ervas e flores
das mais variadas cores,
encontram um motivo para nascer.
O silêncio nunca poderá assustar tanto
como os gritos de uma incerteza anunciada,
Onde cada palavra
cai, enquanto cai o Céu,
E quando, quase inevitavelmente,
Não sobrar mais nada...
Deixem queimar, deixem esmagar.
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