sábado, 4 de maio de 2013

Finem habeo momentum ( XIII )

Quando duas forças se anulam...o Universo suspende
a respiração; parado por um momento não precisa de mais nada.

Voltarias atrás? Moverias essa peça - abrindo ao adversário
a possibilidade bela de conseguir fazer cheque? Uma jogada falhada
e as cartas caiem por terra, primeiro tropeçam duas, depois
as três que as sustentavam...e por aí em diante.

De que lado nos querem afinal?
A favor? Contra? Em termos de igualdade?
Pelo conforto da paz ou pela guerra que conquista?
Queriam que fosse diferente - mas não o posso ser...

Um grito assume o pavor generalizado,
E neste solo abençoado
Reinam as maldições de quem protesta
Contra a falta de vida...

Se sentirem como eu sinto,
se conseguirem ver o que eu vejo...
Quando duas forças se anulam o universo suspende
a sua respiração.

Uma espiral inunda os sentidos,
Vermelho, branco e azul,
Por tudo o que nos faz mais falta...
Por cima do amor, por cima da oração,
Por cima da hesitação, da acção,
do medo e do terror.
Quando duas forças se anulam...

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