quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Pretium doloris ( XI )

Um guerreiro dotado de inteligência
dificilmente será derrotado...
Mas o sangue lutador ou o racíocinio evoluído
entram e saiem do corpo como oxigénio.
Nada se mantem, nem no curto tempo
nem no eterno...a esperança é sempre
a última morrer, mas até ela morre.
A ilusão nasce, alimenta de felicidade
os escombros da tristeza; ela expande
cresce enormemente, anormalemente
atinge um estado nunca antes visto nunca antes sentido,
até que explode.
O assombro passeia por entre o que sobrou,
petulante e seguro, sabia perfeitamente que tudo
acabaria assim. Este é o seu lugar,
nas depressões humanas, absorvendo de lábio sedente
as tentativas que falharam e as que nem a tentativas chegaram.

A carga emocional é demasiado leve, vai voando
por essas correntes de ar,
do escuro ao negro à escuridão.
A substância essencial está sempre ausente
e vive-se nessa procura inglória, ou nessa espera,
até que o sentir atinja um coma constante.
Uma tinta venenosa
cravada da realidade à pele ultrapassando o osso
Palpita a frase: o preço da dor;
Lembrando a rotina dolorosa.

Sem comentários: