segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Ex confessso ( V )
Uma confissão interna que ganha força
para se libertar, seduzindo seguidores,
crentes e descrentes, numa espiral
de sensações reais.
Um arrepio cresce na base da coluna vertebral
O suor desce lento mas fluído como que lágrimas
O coração acelera, pulsam todos os orgãos,
Aceitação nesta essência vicariante
Consciência tranquila neste absorver intranquilo
Negação de uma insanidade transmitida pela realidade.
Vem de dentro, vem rastejando, silêncioso,
Um perfume poderoso é libertado,
Tudo pode ser feito de novo...
Gritos, paredes destruídas, algemas dissolvidas,
a fome pode ser saciada, em todas as suas vertentes,
Chegou a hora do verdadeiro ser.
Chega de enganos, nesta dança próxima
entre anjos e demónios e seres humanos.
Rezo para que esta fome não me devore vivo,
Rezam para que este saciar não passe de um delírio,
Rezem para que o incomum e o raro se tornem a constante neste ciclo.
Esta confissão é pintada a tinta fresca
Envolta em fragância acesa,
Saborosa para quem a confessa.
O toque, o rasgar, o morder, o arranhar,
o beijar, o sentir e uma língua que procura sem cessar;
O nada transforma-se em pouco e o pouco em tudo,
neste momento, neste lugar,
Uma carícia que invade e alcança os recantos
mais escondidos do universo.
Ouço a confissão, multiplicada por cada um de vós,
E sinto-me tão diferente e só
por me aperceber que têm o poder de o ser
de o fazer de se soltar, de caminhar,
Porque esperam - nunca saberei dizer,
Porque fingem, porque se enganam,
porque se deixam enganar,
Porque preferem aceitar estar a morrer um pouco mais
por um pouco mais de tempo...Em vez de.
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