domingo, 8 de julho de 2012

na Guerra

' Porque a nossa guerra é outra . . '

Depois da tempestade, vem a descrença.
Não se iludam, a batalha ainda agora começou.
Na procura da cura para todo este suor
que escorre pel'alma e que invade o terreno
em redor, a terra apodrece, e os pensares
fazem pactos com a ignorância.
União mental, física e sentimental,
a gargalha só podia ser fria,
alargada ao eco de uma gruta.
Vai e volta, embate num poder mais fraco
as batalhas de ontem já não querem chegar amanhã.
(Porque a vossa guerra deveria ser outra)
no Céu a metamorfose é somente
entre o preto e o cinzento, e cantam
luzes que abalam quem está por esta terra,
sobra o medo, sobra o negro,
sobra tudo aquilo que escolheu ficar ao vosso lado.
Aperfeiçoamento numa ira verdadeira
de lutar pelo que se quer, antes do Fim.
(Porque a vossa guerra deveria ser outra)
Cordeiros numa planície aberta
à espera do caçador; ele virá, eles virão,
e o sangue escorrerá antes do dia chegar a meio.
Depois da tempestade foi roubada a esperança...
Que se erga a Fénix, a obra prima humana
sem limites primários, que se abra a caixa
de Pandora de olhos bem abertos, sem hesitação.
Porque a vossa guerra deveria ser outra
- Mas não é.

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