Por esta poesia que se vai
desfazendo em pequeno bocados
pelas perfeitas espirais
que se acabam por transformar em
defeituosos quadrados...
Rugem os tambores
neste esforço musical
de uma sintonia que representa a Guerra,
A união de todas as guerras
num acontecimento único,
num acontecimento final...Crianças
choram, num ombro de alguém que ao seu
lado não sabe como explicar
todos estes acontecimentos.
Sobra nalguns uma sombra de dúvida
e noutros o medo que viveu escondido,
e no coração de cada animal
de cada ser humano
sente-se um aperto, de que nada está igual
que é tudo isto um acontecimento
que para o bem, que para o mal
é o esmagar da existência.
Treme o corpo, perde-se a voz
e tudo aquilo que por nós
foi construído
será destruído, será ruínas,
É o passado e o presente
num futuro ruído. Em nome do Pai,
em nome do Filho...do Espírito Santo...
Reza-se aos deuses, a deus, e a Deus,
e todos fingem aguentar firme
a certeza que a morte caminha na sua direcção.
São as crianças que choram sem um ombro firme
para as segurar, e todos choram
na verdade medíocre que viveram sem lutar,
Abra-se pois este abismo,
Que se destrua de vez todo este ilusionismo,
É hora de fechar os olhos
e talvez partir.
Receio ter chegado a minha hora.
Com a hora veio o tudo que nunca senti,
o tudo que fraquejou nestes alicerces.
Existem duas estradas
neste caminho único,
Ou seguro a espada, erguendo-a alta, brilhante,
pronta a ser usada,
ou fraquejo o braço deixando-a cair no chão...
Como chegámos a isto?
E porquê?
(Continua)
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