Não nasci perdido
mas ainda não me encontrei totalmente.
Fui deitado à terra, pequena semente,
Solto, arrancado ao vento, lógica sem sentido.
Num mundo algo frio
rezo para que o sol todos aqueça...
De forma quente, escaldante, para que seja sentida
a sua força, a sua presença.
Precisamos de contacto para não sermos um espaço
amplamente vazio.
Acústico, embalado ao som do luar...
Poeta, alma descrita em linhas
linhas puras que nada querem enganar.
Não me consigo sossegar inteiramente
sem ti aqui.
Fome louca, voz rouca
que já tentou morrer, parar de gritar.
Não. Os anjos estão no céu
e estão na terra.
Sou o mapa do mundo.
Caminha-te até aqui.
Revivido onde a vida se encerra.
1 comentário:
Bem, para não deixar de ser, bonito. Acho que alguns dos teus poemas ficaram imensamente bem acompanhados de piano! É que têm um ritmo próprio, que parece ir ao sabor do vento, pelo menos é assim que os vejo.
Bonito e poético, uma boa maneira certamente de te reviveres. *
«Caminha-te até aqui»
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