quinta-feira, 11 de junho de 2009

Lição de Poker


Nos dias que correm é um jogo que está muito na moda. Porquê? Eu digo-vos porquê:
é fácil de se aprender (aliás ter duas cartas na mão não é muito dificil), é divertido, é um jogo que também depende da sorte, da divertida e interessante probabilidade, e acima de tudo: onde muitas vezes mentir, compensa. Quem é indeferente?
Mas não estou aqui para falar deste jogo tão fascinante. Aliás este texto deveria-se chamar "as pequenas lições de vida que o Diogo tirou de um jogo tão divertido!".
É pois este um texto para dois tipos de pessoas: os que podem ter dois pássaros na mão e nenhum a voar, e os que preferem ter dois a voar e nenhum da mão. Resumidamente, quase todos os que conheço e eu próprio.

No Poker acontecem muitas coisas, todas elas, ou quase todas elas interessantes e\ou frustantes. Mas eu vou apenas falar de duas. Que me fizeram inventar uma espécie de parabola, à minha maneira.

Lição primeira, segundo Diogo Garcia:
Às vezes na vida temos as melhores pessoas há nossa volta, as melhores coisas que poderiamos imaginar. Pessoas, momentos, lugares que estão lá...como sempre tiveram, mas nós, cegos burros, incompetentes sentimentais, não lhes ligamos.

Às vezes temos a melhor mão...e nem sequer nos apercebemos disso...só tarde demais...
Saiu-nos um dois e um três(cartas). É claro que não estamos dispostos a ir a jogo com tal mão. Se for preciso ainda praguejamos com a sorte. Ou com o azar. Quando sai o flop, ainda praguejamos mais. Se tivessemos ficado com a mão(que deitamos for julgando ser muito má) teriamos feito uma sequência...ou dois pares...ou um trio...ou um par e um trio...

Lição segunda, segundo Diogo Garcia:

Por outro lado às vezes pensamos que temos tudo, tudo do melhor, desde o sentimental, ao material, qualquer coisa, seja ela o que for. Pensamos estar a salvo. Quase arrogantes, quase intocáveis. Pequenos deuses...

Às vezes temos a suposta melhor mão...cegos, donos da razão, fechados...e só nos apercebemos que não era a melhor mão, tarde de mais...
Temos um par de ases na mão ou um par de reis...às vezes o flop ajuda ou não...mas mesmo saindo cartas baixas, ou muito baixas, há o risco de aparecer alguém não se sabe bem de onde, e fazer um flush, uma sequência, dois pares, um trio...e tu, na tua aparente euforia feliz, ficas triste...

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