O teu trono é tão pequeno,
Tão pequeno como tu,
E tu és ainda mais pequeno
quando comparado com os grãos de areia
do meu deserto.
A tua doçura quase me suplica uma lágrima
nos sentidos...
Vejo-te a acariciar a maldade
como se fosse um gato ao teu colo...
És dor suave diante do meu rosto,
Alma pequena por se julgar tão superior.
Não sou o que tu queres que eu seja,
E o frio dissolve-se, numa amargura,
Secam-me-se os lábios ao ver-te cair,
Um gelo cresce, e nada mais sobra.
O inverno chegou, apenas o inverno da tua alma,
Sem sol, sem calor, sem nada mais.
Frustação fria, silêncio frio,
Apatia...
Desculpa-me a ousadia...
Morres hoje, mas nasces noutro dia.
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