quarta-feira, 16 de julho de 2008
Os últimos resistentes
Não quero que o mundo me veja
Pois poderão não perceber.
Porque nada é eterno
E mesmo o último resistente
Deixará de o ser.
Tudo dura o que tem a durar,
O universo decide, Deus decide
O Homem decide, mas nada é eterno.
Alguns agradacem outros sofrem,
A própria vida poderá não ser eterna.
A última muralha será derrubada,
O maior ditador será deposto.
Os últimos guerreiros já aguentaram de mais
E serão derrubados.
Nada é eterno, nem a beleza nem a certeza,
Agradeço satisfeito um pouco de eterno
Momento que posso aproveitar,
Até se desvanecer no tempo é meu.
Não quero que o mundo me veja,
Só quero que saibam quem eu sou,
Não pelo meu rosto, nem pelo meu nome,
Que saibam apenas o que eu fiz.
Um dia tomamos por certo a eternidade
Mas é nesse momento que a eternidade
Nos mostra sarcasticamente
Que nada é eterno.
E mesmo o último resistente
Deixará de o ser.
Mais cedo ou mais tarde
Seremos alma do universo.
Será fim? Será outro inicio?
Toco piano em cima da lua
E toco a melhor música,
A música que nos une no eterno,
Porque a esperança é eterna
Apesar de nada ser eterno.
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